Interpretação das frases mais polémicas de Cavaco

Blasfémias | 26 OUTUBRO, 2015
1.
É aos Deputados que compete decidir, em consciência e tendo em conta os superiores interesses de Portugal, se o Governo deve ou não assumir em plenitude as funções que lhe cabem.
Isto quer dizer que é aos deputados que compete decidir, em consciência e tendo em conta os superiores interesses de Portugal, se o Governo deve ou não assumir em plenitude as funções que lhe cabem.
2.
É tanto mais incompreensível que as forças partidárias europeístas não tenham chegado a um entendimento quando, num passado recente, votaram conjuntamente, na Assembleia da República, a aprovação do Tratado de Lisboa, do Tratado Orçamental e do Mecanismo Europeu de Estabilidade, enquanto os demais partidos votaram sempre contra.
Cavaco acha incompreensível que PS e PSD não se tenham entendido apesar de terem tantas coisas em comum.
3.
Aliás, é significativo que não tenham sido apresentadas, por essas forças políticas, garantias de uma solução alternativa estável, duradoura e credível.
Cavaco diz que PS-BE-PCP não apresentaram garantias de uma solução alternativa estável, duradoura e credível e atribui a isso um significado.
4.
Em 40 anos de democracia, nunca os governos de Portugal dependeram do apoio de forças políticas antieuropeístas, isto é, de forças políticas que, nos programas eleitorais com que se apresentaram ao povo português, defendem a revogação do Tratado de Lisboa, do Tratado Orçamental, da União Bancária e do Pacto de Estabilidade e Crescimento, assim como o desmantelamento da União Económica e Monetária e a saída de Portugal do Euro, para além da dissolução da NATO, organização de que Portugal é membro fundador.
Cavaco diz que, em 40 anos, nunca nenhum governo esteve dependente de forças políticas com ideias tão contrárias às ideias desse governo ou ao que esse governo terá que fazer.
5.
Se o Governo formado pela coligação vencedora pode não assegurar inteiramente a estabilidade política de que o País precisa, considero serem muito mais graves as consequências financeiras, económicas e sociais de uma alternativa claramente inconsistente sugerida por outras forças políticas.
Esta parte quer dizer que um governo CDS-PSD não dá estabilidade mas um putativo PS-BE-PCP dá ainda menos por ser inconsistente (e a inconsistência tem consequências).

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