O dia seguinte

Peregrinar é caminhar até aos lugares do essencial.
A dureza do caminho, o incómodo de dormir mal, a frugalidade das condições, confrontam-nos com os nossos limites e ajudam-nos a separar o que é supérfluo do que é essencial.
Mas a peregrinação é também uma parábola da vida. O grande desafio é, não só a disponibilidade para nos deixarmos moldar pelo caminho e pela emoção da chegada mas sobretudo, trazer para o dia seguinte o melhor que a peregrinação descobriu em nós.
No regresso ao convívio diário com o Povo, leio Por entre o que passa: Não é fácil viver o eterno no nevoeiro do efémero.  Porém, leio também “que a vida é afinal muito mais do que um conjunto de pequenos nadas que passam, um milagre tremendo onde tudo o que por nós passa nos vai lapidando e polindo, ao ponto de nos tornarmos pedras preciosas, que nada pode destruir”. Confio, portanto, que a memória destes passos, me ajude no dia a dia a usar os critérios eternos nas decisões efémeras.

Para além de algumas imagens da Peregrinação, o Povo regressa com uma selecção do que encontrei num breve folhear da semana:


Por entre o que passa José Luís Nunes Martins
Pais brilhantes Inês Teotónio Pereira
Silêncio de elevador Carla Hilário Quevedo
Crescimento rápido Antonio Sousa da Câmara
Segurança máxima Pedro Lomba
Responsabilidades Pedro Lomba
Parar para pensar João Carlos Espada
A surpresa do Concílio João César das Neves

Um abraço com a amizade do Pedro Aguiar Pinto







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