Segunda semana do Advento, quarta-feira: Cumes das montanhas

Um presente para pedir a Deus
Agradeço a Deus pelos cumes que atingi nas minhas experiências de fé, e peço para que nunca me esqueça do seu significado na minha vida rotineira de todos os dias.
Uma reflexão para o caminho
O que prefere? Cumes ou terreno plano? Muito pode ser dito dos céus abertos e estradas retas de uma paisagem plana. Mas poucos de nós, penso eu, seriam felizes se desistissem de tentar terrenos mais desafiadores, com as suas oportunidades de subir a alturas onde a vista se espraia e a paisagem se desdobra diante de nós. Mesmo que não seja um trepador de montanha, os montes mais suaves podem oferecer-lhe uma experiência semelhante. E mesmo se estes estão além das suas possibilidades, a televisão e as fotografias proporcionam-lhe um pouco do fascínio dos cumes.
Na viagem para Deus também há dias e períodos em que nos sentimos no topo do mundo. A confusão e os aborrecimentos são deixados para trás, e sentimos que podemos ver claramente o caminho à nossa frente e a meta que procuramos.  O escritor C.S.Lewis chamava a essas experiências "alegria", e Inácio de Loyola, de maneira mais prosaica, "consolação". Mas seja como for que os chamemos, esses momentos podem ser um poderoso incentivo para prosseguir quando essas visões claras se desvanecem.
Porque elas passam. Poucos são chamados a viver nos cumes das montanhas. Muita da nossa vida é passada com um olhar mais limitado. Se conseguir recordar qualquer uma dessas experiências de cume na vida cristã, há a possibilidade de também recordar como foi "voltar a pôr os pés na terra" a seguir a esses momentos. Mas se as experiências foram verdadeiras, um presente de Deus para si, então elas podem continuar a modelar a sua vida.
Uma passagem bíblica para o caminho
Um dia Jesus conduziu três dos seus amigos mais próximos até ao cimo de uma montanha. Tinham uma vista límpida, não apenas da Palestina, mas também de quem era Jesus, e da missão que Deus tinha para Ele. Compreensivelmente ficaram confundidos, e demorou muito tempo até que compreendessem totalmente o que tinham visto e ouvido.
«Uma nuvem luminosa cobriu-os com a sua sombra, e uma voz dizia da nuvem: "Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-o."» (Mateus 17, 5).
Provavelmente nunca teve uma experiência tão poderosa como a da Transfiguração de Jesus. Mas consegue lembrar-se de uma ou duas experiências que o levaram ao cume da fé, algo que pudesse partilhar se alguém lhe perguntasse os motivos pelos quais escolheu ser cristão?
Palavras para a viagem
Jesus, Filho amado do Pai,
ajuda-me a guardar como um tesouro
os meus momentos de límpida visão.
Que eu lhes permita conduzirem-me e modelarem a minha viagem,
mesmo quando desço do cume das montanhas.
P. Paul Nicholson
In
An Advent pilgrimage, KM Publishing
Trad.: SNPC
10.12.13

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