Sê todo em cada coisa

É uma lógica de empenho pouco habitual entre nós. Não porque os portugueses sejam piores do que o resto dos homens e mulheres do resto do mundo, mas muito porque vivem num país onde as regras de convívio social não estimulam o empenho, não premeiam a entrega pessoal e dão até indicações contraditórias.
Pedro Lomba fala-nos das excepções que qualquer regra portuguesa que se preze tem que contemplar. Neste caso a regra é a contenção salarial pedida aos funcionários e empresas públicas. As excepções abundam em empresas que o Estado quer privatizar. O argumento é a competição, isto é, a diferenciação pelo mérito.
Percebe-se, então, porque esta lógica de empenho no que se faz é pouco habitual! É que é consensual que no Estado não há, nem precisa de haver competição.
Não precisa? Não devem ser estimulados os bons professores, os bons juristas, os bons funcionários?
Mesmo sem este sinal social que é o reconhecimento do seu mérito há muitos que “são todos em cada coisa, põem quanto são no mínimo que fazem”.
A esses, dedico hoje este belo poema de Fernando Pessoa. Bem hajam!

Agenda:
II Congresso da Federação Portuguesa pela Vida. 6.ª feira, 16 de Março, 14:30, Lisboa.

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