Não vale tudo

Editorial RR online 26 Fev, 2016

O cartaz do Bloco de Esquerda é de mau gosto, previsível e gratuitamente ofensivo.
“Quem não se sente, não é filho de boa gente”, afirma a sabedoria popular, longe da relevância dos conhecimentos académicos, da actualidade dos estudos de marketing ou das estratégias de comunicação.
Por vezes é preciso concretizar o que se sente. Em palavras. Vem isto a propósito da criatividade. Na verdade, a criatividade de alguns, em defesa de poucos, à custa de muitos, pode ser inteligente, inesperada, eficaz. Mas também pode ser de mau gosto, previsível e ofensiva. E tudo o que é ofensivo perde a eficácia.
O cartaz do Bloco de Esquerda, a propósito da adopção por casais do mesmo sexo, revela estas características – de mau gosto, previsível e gratuitamente ofensivo. Por si, já perdeu toda a eficácia.
Se a ele nos referimos é apenas para afirmar que numa sociedade livre e democrática, onde se promove a liberdade religiosa, não vale tudo.

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