Eram 50...

Luís Cirilo | Depois falamos | 2014.10.21

Eram 50.
Chegaram num autocarro alugado, a uma empresa da zona de Guimarães, com um papel para desempenhar.
Não eram professores nem alunos e muito menos representavam alguém que não fosse quem os mandou.
Eram uma das brigadas "autocarrotransportadas" dos senhores Arménio Carlos e Mário Nogueira.
Chegaram com as palavras de ordem habituais, os insultos do costume, as faixas e bandeiras mil vezes vistas, as buzinas próprias para incomodar.
E com a ordinarice e falta de respeito que os caracteriza em todas as situações.
Como na Guarda onde nem a indisposição do Presidente da República respeitaram ou em Coimbra onde pensando (não é o forte deles convenhamos...) estarem a afrontar o PM e o Governo apenas estavam a faltar ao respeito aos mortos da Grande Guerra que estavam a ser homenageados na cerimónia.
E quem nem os mortos respeita como há-de respeitar os vivos?
Desta vez as "vitimas" foram as crianças, alunas do centro escolar inaugurado por Passos Coelho, que viram o pequeno número musical que tinham preparado para receber o primeiro-ministro permanentemente perturbado pelas buzinas dos 50 figurantes mandados com esse objectivo.
Que depois da entrada da comitiva na escola se foram embora.
A missão estava cumprida.
À noite as televisões lá bolsaram a noticia que "interessava":
"Passos Coelho vaiado por manifestantes".
Esquecendo-se de dizer que eram 50.
E que enquanto cá fora eram 50 a vaiar lá dentro eram mais de 200 a aplaudir e ás vezes com entusiasmo.
E nesses 200 estavam pais e professores.
Mas isso não é notícia. 
Pode-se lá bem noticiar a mínima, que seja, manifestação de aplauso ao governo...
Depois Falamos

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