Fiz as pazes com Bento XVI
RR on-line 27-02-2013 Filipe d'Avillez
Sei bem que não há maior arma contra os inimigos da Igreja que a oração. Esse será, para sempre, o seu melhor escudo contra o mal. E há tanto mal! Há tantos ataques!
Meu querido Santo Padre. Confesso que ainda estou a ter algumas dificuldades em aceitar a sua decisão.
Aceito-a com devoção filial, mas tenho muito medo que sirva para "relativizar" o carácter do ministério que ocupa até às 20h00 de 28 de Fevereiro.
Há algum tempo que dizia que não gosto do princípio de que os bispos, nossos pais na fé, resignem por limite de idade, quais funcionários públicos. Desde que tornou pública a sua decisão, já ouço demasiada gente a dizer que isto é o culminar de um processo e que, a partir de agora, todos os Papas vão ter de considerar o seu exemplo, quando as forças começarem a fraquejar. Eu não quero ver construir no Vaticano um lar de terceira idade para papas reformados. Morreria feliz se o seu exemplo não for seguido por mais ninguém.
Mas respeito-o. Respeito porque sei que não quer nada que não o bem da Igreja que tanto ama e que, obviamente, conhece melhor o seu estado de saúde do que eu ou qualquer outro comentador.
Respeito-o, sobretudo, porque sei que foi uma decisão rezada, profunda e sincera. E foi isso que me levou a fazer as pazes com a sua decisão. A oração.
Sei bem que não há maior arma contra os inimigos da Igreja que a oração. Esse será, para sempre, o seu melhor escudo contra o mal. E há tanto mal! Há tantos ataques! Sobretudo os que vêm de dentro, protagonizados por responsáveis da Igreja, como tão bem nos tem lembrado, inclusivamente, durante a sua viagem a Portugal.
Estamos em guerra, Santo Padre, e sei que as guerras ganham-se, em última instância, na frente de batalha, nas trincheiras. Os nossos trunfos nesta batalha não são os bem-falantes, não são os dedicados nem os muito praticantes. Os nossos trunfos são os que rezam. Só rezam. Nada mais fazem do que rezar. Os monges e freiras, aparentemente fechados e afastados do mundo, são as nossas armas de devoção maciça.
Por isso, agora acho que compreendo. Vai para as trincheiras, não vai? Vai combater o bom combate, no local onde ele custa mais. Não está a fugir. Não poderia fugir. Vai arregaçar as mangas e travar a luta que eu e tantos outros, por melhores que sejam as intenções, não podemos travar.
Vá Bento XVI. Prometo rezar por si. Vá para as trincheiras, vá lutar. É aí que Deus o quer agora. É também a si, agora, que a Igreja confia a sua protecção!
Aceito-a com devoção filial, mas tenho muito medo que sirva para "relativizar" o carácter do ministério que ocupa até às 20h00 de 28 de Fevereiro.
Há algum tempo que dizia que não gosto do princípio de que os bispos, nossos pais na fé, resignem por limite de idade, quais funcionários públicos. Desde que tornou pública a sua decisão, já ouço demasiada gente a dizer que isto é o culminar de um processo e que, a partir de agora, todos os Papas vão ter de considerar o seu exemplo, quando as forças começarem a fraquejar. Eu não quero ver construir no Vaticano um lar de terceira idade para papas reformados. Morreria feliz se o seu exemplo não for seguido por mais ninguém.
Mas respeito-o. Respeito porque sei que não quer nada que não o bem da Igreja que tanto ama e que, obviamente, conhece melhor o seu estado de saúde do que eu ou qualquer outro comentador.
Respeito-o, sobretudo, porque sei que foi uma decisão rezada, profunda e sincera. E foi isso que me levou a fazer as pazes com a sua decisão. A oração.
Sei bem que não há maior arma contra os inimigos da Igreja que a oração. Esse será, para sempre, o seu melhor escudo contra o mal. E há tanto mal! Há tantos ataques! Sobretudo os que vêm de dentro, protagonizados por responsáveis da Igreja, como tão bem nos tem lembrado, inclusivamente, durante a sua viagem a Portugal.
Estamos em guerra, Santo Padre, e sei que as guerras ganham-se, em última instância, na frente de batalha, nas trincheiras. Os nossos trunfos nesta batalha não são os bem-falantes, não são os dedicados nem os muito praticantes. Os nossos trunfos são os que rezam. Só rezam. Nada mais fazem do que rezar. Os monges e freiras, aparentemente fechados e afastados do mundo, são as nossas armas de devoção maciça.
Por isso, agora acho que compreendo. Vai para as trincheiras, não vai? Vai combater o bom combate, no local onde ele custa mais. Não está a fugir. Não poderia fugir. Vai arregaçar as mangas e travar a luta que eu e tantos outros, por melhores que sejam as intenções, não podemos travar.
Vá Bento XVI. Prometo rezar por si. Vá para as trincheiras, vá lutar. É aí que Deus o quer agora. É também a si, agora, que a Igreja confia a sua protecção!
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