Bento XVI e João Paulo II
RR on-line 19-02-2013 13:11
Luís Cabral
Na "corrida" entre o polaco e o alemão, os comentadores laicos tendem para o lado de Bento XVI, mas parece-me despropositada a comparação com João Paulo II.
O anúncio da resignação de Bento XVI continua dominando os média. É impossível não comparar os presentes acontecimentos com o final do papado de João Paulo II. Um, abraçado à cruz, espremido como um limão até à última gota. Outro, decidindo, com premeditação, que chegara o momento em que as suas capacidades físicas e espirituais ficavam aquém do que a situação exigia.
Nesta "corrida" entre o polaco e o alemão, os comentadores laicos tendem claramente para o lado de Bento XVI: ele teve a "coragem" de tomar a decisão certa, o sentido de "desprendimento do poder".
Sem querer discordar destes elogios dirigidos ao presente Papa — que, aliás, me parecem totalmente merecidos — parece-me despropositada a comparação com João Paulo II.
Em última análise, temos de compreender que há várias formas de servir Deus e a sua Igreja; e se a decisão de Bento XVI é um exemplo de humildade, exemplo de humildade foi também o "martírio" de João Paulo II.
Por isso, em vez de entrar em "contabilidades" de mérito relativo, prefiro agradecer a maravilha que foram três décadas com dois papas de grandíssimo calibre intelectual — e, mais importante ainda, profunda santidade pessoal.
Nesta "corrida" entre o polaco e o alemão, os comentadores laicos tendem claramente para o lado de Bento XVI: ele teve a "coragem" de tomar a decisão certa, o sentido de "desprendimento do poder".
Sem querer discordar destes elogios dirigidos ao presente Papa — que, aliás, me parecem totalmente merecidos — parece-me despropositada a comparação com João Paulo II.
Em última análise, temos de compreender que há várias formas de servir Deus e a sua Igreja; e se a decisão de Bento XVI é um exemplo de humildade, exemplo de humildade foi também o "martírio" de João Paulo II.
Por isso, em vez de entrar em "contabilidades" de mérito relativo, prefiro agradecer a maravilha que foram três décadas com dois papas de grandíssimo calibre intelectual — e, mais importante ainda, profunda santidade pessoal.
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