Mercados
DESTAK | 13 | 02 | 2013 21.28H
João César das Neves | naohaalmocosgratis@ucp.pt
Portugal conseguiu há semanas um brilharete nos mercados internacionais com o sucesso de uma colocação de dívida pública a 5 anos a taxas módicas. Entretanto um escândalo em Espanha e eleições em Itália complicaram a situação.Estas afirmações tão estranhas são repetidas a cada passo como se fossem normais. Como é possível acontecimentos tão banais e alheios em países longínquos afectarem-nos desta maneira? Serão os famigerados mercados entidades caprichosas e desmioladas? São as decisões financeiras tomadas de forma tão fútil?
Esta situação ensina duas coisas. Primeiro, os mercados não são doidos ou irresponsáveis. Mas estamos a falar de dívida a entidades políticas por parte de inúmeros investidores estrangeiros. Qualquer pessoa inteligente sabe que está a lidar com devedores volúveis e oportunistas. Ter cautelas e tacto são práticas altamente recomendáveis.
Segundo, os recentes problemas nos outros países latinos não afectaram a credibilidade da França ou Bélgica, mas a nós sim. Portugal está ainda numa posição muito delicada. Nos próximos tempos vão permanecer ansiosos connosco e recuarão a qualquer sinal imprevisto. Isto não é loucura. O erro deles foi confiar em nós tanto tempo.
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