ESQUERDA E DIREITA

Miguel Alvim
Historicamente, o termo “esquerda” – por oposição a direita – nasceu com referência à disposição dos assentos na Assembleia Nacional Constituinte nascida da Revolução Francesa: o grupo que ocupava os assentos da esquerda apoiava as mudanças radicais.
Daí ao assassinato “revolucionário” do Rei foi um passo.
O baptismo de sangue da esquerda.
Mas está aí um mito, porque a humanidade – e a possibilidade da sua propensão para o mal, para o muito mal e para o péssimo – não nasceu, nem se fez com a Revolução Francesa.
É-se homem antes de se ser de esquerda ou de direita.
E por muito que isso custe a muitos o que realmente interessa na vida é ser homem.
A esse propósito, é urgente relembrar o profético apelo do Papa Paulo VI na sua histórica visita a Fátima:
“Homens, sede Homens”!
O jargão esquerda – direita aniquila-nos como povo dotado de consciência, de vontade e de autonomia.
É um pós-conceito: define e perfila a massa e aniquila a pessoa.
Uma pessoa não pode, nem deve matar.
Mas o rótulo da esquerda ou da direita e os correspondentes movimentos de massas, porque de massas se trata, parece que podem justificar todos os abusos e todos os crimes sob as vestes de determinadas visões e opções políticas.
O Manifesto Comunista e a sua abjecta noção de que todas as sociedades humanas são a história de uma inexorável luta de classes falam até hoje disso mesmo.
E as diabólicas previsões anti-semitas, racialistas e nacional-socialistas do Mein Kampf nazi também.
As massas (e os seus líderes alquimistas) nunca quiseram verdade, nem justiça, nem liberdade.
Querem poder e ajustes de contas.
Portugal, que não tem nada que ver com esta armadilha, tem de regressar às pessoas para ser.

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