"A Igreja não pode calar a sua voz". Bispos preocupados com medidas do Governo

RR online 14 Jan, 2016 - 17:47 • Paula Costa Dias

Medidas para Misericórdias e ensino privado preocupam Igreja Católica portuguesa.

Os bispos portugueses estão preocupados com as medidas que o Governo tomou relativamente às Misericórdias e ao ensino privado.
Em comunicado divulgado esta quinta-feira, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) “recorda que a solidariedade tem de ir a par com a subsidiariedade, devendo o Estado respeitar e apoiar todas as iniciativas da sociedade civil que comprovadamente respondem às necessidades de saúde, educação e outras e correspondem ao direito de livre escolha por parte dos cidadãos”.
Em causa está o facto de o Governo ter começado a travar o processo da passagem de alguns hospitais para as misericórdias e a possibilidade de os contratos de associação com as escolas privadas serem revistos.
No final desta reunião, o porta-voz da CEP, padre Manuel Barbosa, frisou que “não é uma questão de benefício ou privilégio, é uma questão de respeito pela liberdade de todos, pela democracia e pelo bem comum”.
Ressalvando “o respeito pelo poder” político, Manuel Barbosa lembrou “princípios que estão na própria Constituição”, “princípios e direitos adquiridos, neste caso concreto, o direito à liberdade de escolha”.
“A Igreja não pode calar a sua voz”, afirmou. Os bispos católicos não concordam “com algumas destas formas de proceder porque não respeitam nem a liberdade de escolha, nem o princípio da própria democracia, de respeito pelas várias instituições civis”.
Manuel Barbosa lembra que foi já provado que as instituições de solidariedade e as escolas privadas não saem mais caras ao Estado, o que faz com que a questão dos custos não possa servir de argumento para o Governo.

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