Papa para os Líderes da ONU: As Crianças em Gestação São “Nossos Irmãos e Irmãs”

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Created on Friday, 16 May 2014 20:59 By Dr. Stefano Gennarini

NOVA IORQUE, EUA, 16 de maio (C-FAM) Navi Pillay, a autoridade de mais elevada patente de direitos humanos da ONU, baixou os olhos e agia nervosamente enquanto o papa dava uma mensagem pró-vida inequívoca ao secretário-geral Ban Ki-moon e as mais elevadas autoridades da ONU.
As crianças em gestação são "nossos irmãos e irmãs," o Papa Francisco disse a Pillay e a seus colegas reunidos em Roma para uma reunião de coordenação. O escritório de Pillay facilita o trabalho dos comitês da ONU que recentemente disseram ao Vaticano que mudasse o ensino católico sobre o aborto.
"Hoje, em termos concretos, uma consciência da dignidade de cada um de nossos irmãos e irmãs cuja vida é sagrada e inviolável desde a concepção até a morte natural deve nos levar a repartir, com liberdade completa, os bens que a providência de Deus tem colocado em nossas mãos," o Papa exortou.
A mensagem chega num momento crucial, em que a ONU está debatendo um novo plano de desenvolvimento para substituir as Metas de Desenvolvimento do Milênio (MDMs) em 2015 e contribuir para a erradicação da pobreza, melhorias na saúde e desenvolvimento econômico. A Assembleia Geral da ONU está conduzindo consultas para obter consenso num plano conhecido como Metas de Desenvolvimento Sustentável.
O papa aplaudiu os esforços da ONU até o momento, mas avisou que muitos ainda estão excluídos dos benefícios do progresso social e econômico, entre eles crianças em gestação.
Ele denunciou a injustiça da "cultura da morte" e a "cultura indiferente" de nossa época. O aborto é parte dessa cultura, de acordo com o pontífice, junto com uma "economia de exclusão." Ele exortou as autoridades da ONU a desafiar essas injustiças com uma "mobilização ética mundial."
Só dá para alcançar progresso imparcial por meio de uma "solidariedade acompanhada de um espírito generoso e desinteressado de gratuidade em todos os níveis," ele lhes disse.
O Papa Francisco também pediu que as autoridades "forneçam proteção apropriada para a família" como um "elemento essencial no desenvolvimento humano e social sustentável."
A intercessão do papa em favor das crianças em gestação e da família faz lembrar as intervenções de João Paulo II antes da ambiciosa conferência da ONU sobre população e desenvolvimento em 1994 onde os esforços do governo de Clinton e de autoridades da ONU para que o aborto fosse reconhecido como um direito humano foram frustrados pelo predecessor de Francisco.
As negociações para a agenda de desenvolvimento pós-2015 são o campo de batalha em que um conflito semelhante está se desenrolando.
A mensagem do Papa Francisco tem como objetivo impedir a ONU de endossar o aborto ainda que indiretamente sob o pretexto de fornecer saúde materna ou saúde sexual e reprodutiva.
Países doadores que apoiam o aborto e autoridades da ONU que lhes prestam contas incluem o aborto como um componente indispensável da saúde materna e da saúde sexual e reprodutiva. Grupos que fornecem e promovem o aborto exploram as ambiguidades com relação ao aborto nas políticas da ONU a fim de obterem financiamentos.
As Metas de Desenvolvimento do Milênio canalizaram eficazmente recursos para lidar com problemas específicos. Mas muitas dificuldades e incertezas permanecem para a formação de um novo conjunto de metas.
A agenda inchou para mais de uma dezena de metas, alvos e indicadores definidos em termos gerais. Até o momento, não existe acordo sobre detalhes.
Os críticos se preocupam que a agenda de desenvolvimento pós-2015 desviará seu foco de ajudar os pobres a lidar com a pobreza e doenças para metas universais inatingíveis num vasto espectro de questões ambientais e sociais muito estimadas para os países ricos.

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