O silêncio dos culpados

Miguel Alvim

A perseguição do mundo a Jesus Cristo – e a espada de dor que trespassou o coração de Nossa Senhora – começaram imediatamente após o seu nascimento.
Herodes quis matá-lo e para o efeito mandou eliminar em Belém e nos arredores todos os meninos de dois anos para baixo.
A bem dizer, a perseguição à Igreja de Jesus Cristo começou no corpo dessas pequeninas testemunhas inocentes.
Essa perseguição – e a espada de dor que trespassa o coração de Nossa Senhora – continuam até hoje.
A morte, a mentira e o mal (a verdadeira natureza do mundo) opõem-se sempre tenazmente (e malignamente) à vida, à verdade e ao bem (a verdadeira natureza de Deus).
Não é assim por acaso que, sob múltiplos sofismas e perante o olhar complacente, passivo e cúmplice de muitos, se continuem a matar todos os dias milhares e milhares de crianças que podiam nascer.
Através do aborto, é sempre a morte (e os seus poderes mundanos) a perseguir e a matar a vida, o seu milagre e o seu dom.
O Natal de Jesus Cristo, posto que o é, tem de ser ocasião propícia para se meditar no mal e no execrando crime do aborto.
Porque o aborto é praticado escondido e sempre por más razões, camufladas de boas razões.
Não se vê a dor.
Não se ouvem os gritos.
Esconde-se o choro.
Temos de ter a coragem de lutar contra a aparente inexorabilidade do aborto silenciado e silencioso, temos de o expor e denunciar.
Devemos exaltar a vida e lutar por ela.
Ao mal tem de se chamar mal.
E temos de fazer o bem.
O caminho a trilhar, a verdade a proclamar em voz alta e a vida a defender têm um nome.
Jesus.

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