Não sufocar o amor
Aura Miguel, RR on-line 2010.0622
Os bispos anunciaram ontem um plano a que chamam “itinerário sinodal”, com o objectivo de repensar a pastoral.
Três anos depois da visita Ad Limina, em que o Papa pediu aos bispos portugueses para reverem os métodos de anúncio cristão, surge um plano cheio de etapas e discernimentos, que vai implicar imenso trabalho e que só em Novembro de 2011 terá orientações práticas.
O anúncio dos bispos não deixa de surpreender face à recente advertência do Papa de que em Portugal se confia demasiado nas estruturas e programas eclesiais, dando por suposto que a fé existe, o que é cada vez menos realista.
Aliás, este alerta foi reforçado há dois dias pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, numa intervenção aos bispos, recordando justamente que “a pastoral não é apenas a arte de programar, mas é a manifestação na história do amor de Cristo pelos homens”. E com grande realismo D. José Policarpo também reconheceu que “trabalhamos mais do que amamos, criamos estruturas, mas quando as pessoas precisam do pastor, nós estamos ocupados”.
Esperemos que, desta vez, os planos e os esquemas não sufoquem o amor.
O anúncio dos bispos não deixa de surpreender face à recente advertência do Papa de que em Portugal se confia demasiado nas estruturas e programas eclesiais, dando por suposto que a fé existe, o que é cada vez menos realista.
Aliás, este alerta foi reforçado há dois dias pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, numa intervenção aos bispos, recordando justamente que “a pastoral não é apenas a arte de programar, mas é a manifestação na história do amor de Cristo pelos homens”. E com grande realismo D. José Policarpo também reconheceu que “trabalhamos mais do que amamos, criamos estruturas, mas quando as pessoas precisam do pastor, nós estamos ocupados”.
Esperemos que, desta vez, os planos e os esquemas não sufoquem o amor.
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