A felicidade das nações

DESTAK |10 | 04 | 2012   20.43H
José Luís Seixas

A edição de ontem do Público dava nota da classificação atribuída a Portugal pelo “Relatório Mundial sobre Felicidade”, que foi encomendado pelas Nações Unidas à Universidade de Columbia. Entre 157 nações quedamos num mediano 73.º lugar, emparedados entre a Dinamarca, a Finlândia e a Noruega por um lado e o Togo, o Benim e a República Centro-Africana por outro.
No quadro da União Europeia, fazemos péssima figura, sendo mesmo dos mais infelizes, suplantados apenas pela Roménia e por outros três companheiros de desdita. Segundo se depreende da notícia os dados de campo do Relatório em causa terão sido recolhidos entre 2005 e 2011 e consistido em entrevistas sobre a percepção da qualidade de vida dos nacionais inquiridos.
Numa escala de 0 a 10, a avaliação média dos nossos compatriotas entrevistados redundou em 5,4. Conclui, pois, a notícia, ilustrada por reflexões de sociólogo e psicólogo, que este resultado traduz a idiossincrasia nacional de «irmos andando», «assim-assim», «nem bem nem mal, antes pelo contrário», etc.. Curiosamente, Grécia e Irlanda transbordam de felicidade ao pé da nossa face cinzenta, cabisbaixa e de meias-tintas.
Moral da história: as nações ricas consideram-se felizes e as pobres infelizes. O que será natural, embora saibamos que a riqueza não trás a felicidade, ajudando, embora. E, finalmente, há uma nação que se julgou rica, agora se descobriu pobre e que não é nem feliz, nem infeliz. Tem dias…

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