O ideal é realista

É talvez o equilíbrio mais difícil na vida pessoal: viver completamente imerso no mundo, meter as mãos na massa, sem deixar de ter um horizonte ideal. Não um sonho inatingível, mas um objectivo concreto que é um objectivo de bem maior, que aumenta o bem.
A propósito disto recordo um comentário ao post Taxas moderadoras no aborto? Onde a pergunta nos colocava perante o facto de o aborto efectuado no Serviço Nacional de Saúde ser ou não isento de taxa moderadora. O leitor diz que somos colocados perante uma pergunta sem possibilidade de resposta porque a resposta que “concorda com taxas moderadoras” “dá a entender que se concorda com o aborto no SNS”. A resposta pode ser outra pergunta? E é melhor que passe a mensagem que os portugueses inquiridos não só concordam que o aborto seja realizado no SNS, como ainda, sem qualquer taxa moderadora, nos implica como cúmplices por via dos impostos que pagamos?
Já Pio XII dizia que a política é a arte do compromisso. E o compromisso é, exactamente, este maior bem ideal que se procura olhando para o céu, mas com os pés (e as mãos) totalmente assentes na terra. O ideal não é sonho. É realista

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