Palavras da Minhoca nos 60 anos do Pedro

Mª LEONOR AGUIAR PINTO    16. 06. 15


A história desta festa começou assim: recebi um telefonema da Inês, que estava a acompanhar o Pedro Maria no Hospital de Santa Maria,  que me disse:

- Ó mãe, agora que já fizemos a festa do Baptismo da Leonor, temos que começar a pensar na festa dos 60 anos do pai.

E eu respondi-lhe:

- Ó filha, mas a menina tem coragem para me ajudar a fazer uma festa ao pai?
Ao que ela retorquiu:

- Ó mãe, eu NÃO TENHO É CORAGEM PARA NÃO FAZER UMA FESTA AO PAI!

Por isso, o meu primeiro agradecimento vai para a Inês, POR NÃO TER TIDO CORAGEM DE NÃO FAZER UMA FESTA AO PAI!

A nossa família no dia dos 60 anos do Pai


O meu segundo agradecimento vai para todos vós, que aceitaram o nosso convite.
Gostaria que soubessem que cada um foi escolhido por uma razão específica, mas todos foram escolhidos por uma única razão, A DE QUE ALGURES NO TEMPO, A VOSSA VIDA SE TER CRUZADO COM A VIDA DO PAI.

Creio que isto é verdade para todos nós, excepto para a Mãe Alice, pois neste caso aconteceu exactamente o contrário, FOI A VIDA DO PAI QUE SE CRUZOU COM A VIDA DELA, SUA MÃE.

Mas tirando esta excepção, a todos aconteceu basicamente o mesmo:
UM DIA, ENCONTRÁMOS O PAI!

Por isso, a lista de convidados foi feita por grupos onde se deu este ENCONTRO.
Eu vou enumerá-los e gostava que cada um, sempre que se sentir incluído nesse grupo, se manifestasse batendo palmas. Que ninguém se acanhe, pois estamos a celebrar o aniversário de um homem de família e nós não somos senão uma grande família.

Vamos então começar...
Mulher
Filhos
Netos
Família próxima e alargada
Amigos de infância
Colegas da Faculdade
Estados Unidos da América
Instituto Superior de Agronomia
Equipas de Nossa Senhora
Equipas de Jovens de Nossa Senhora
Comunhão e Libertação (CL)
Peregrinação a Fátima
Comunhão e Libertação Universitários (CLU)
Cursos de noivos
Defesa da Vida
Grupo de Fraternidade (CL)
Vale d’Ácor
Escola de comunidade (CL)
Padrinhos dos netos
“And the last but not the least” – Padres!


E agora se me permitem,  umas palavras para o aniversariante, meu marido.


PAI, 

Quando nasceu a nossa neta, o Padre João telefonou-me para me dar os parabéns e a certa altura disse-me: “que vida Minhoca!”
Eu aproveito esta deixa do Padre João para lhe dizer hoje também: 
QUE VIDA PAI, QUE VIDA!


A minha vida cruzou a sua há 43 anos (pronto, não façam as contas, o Pedro tinha 17 anos...). Desde então ela nunca mais deixou de estar unida, partilhada, sacramentada.
Já são tantos anos que eu nem me atrevo a enumerar aqui acontecimentos atrás de acontecimentos – seria por demais fastidioso para os nossos amigos.



Mas há um que eu não posso deixar de referir porque me marcou na altura e continua ainda hoje muito presente no meu coração.

Foi em Junho de 2002, depois de um mês de dores no peito, de uma peregrinação a pé a Fátima e da morte do Diogo que, aumentando os sintomas, com a ajuda do Fernando, foi internado no Hospital de Santa Cruz.

Depois de feita com sucesso a intervenção médica, ficámos a saber que a sua situação era de perigo de vida eminente. Considerando os acontecimentos prévios à intervenção e às notícias posteriores, pensei que Deus, por razões só Dele conhecidas, lhe tinha poupado a vida – fiquei grata e expectante...

A primeira resposta à minha expectação veio em 2003, no dia da morte da Constança,  quando me contou que ela tinha morrido nos seus braços. Pensei na altura que esta era uma boa razão – Jesus precisava dos seus braços de pai, para que a Constança se sentisse acolhida na hora da morte.

Mas há muitos mais acontecimentos que sempre me remetem, com gratidão, para esse Junho de 2002, por exemplo:

-       Quando no dia do casamento da Inês a levou até ao altar para a entregar ao Gonçalo

-       Ou quando nasceram os netos

-       Ou quando nasceu o Pedro Maria, já certos da sua doença, vi a sua alegria interior por os pais lhe terem chamado Pedro

-       Ou quando o vejo no Barrão a fazer as brincadeiras do costume com os miúdos, sempre   pronto para se meter na piscina com eles e os levar às cavalitas

-       Ou então, no canto do jardim a fazerem uma pequena horta com feijões, para eles verem como crescem...

-       Ou quando eu fiquei doente, como me acompanhou nos tratamentos e me ajudou a comer, tratando da casa naqueles meses mais difíceis

-       Ou quando simplesmente estamos os dois sentados na sala e eu olho para si, sempre com o computador no colo – sabe Deus a fazer o quê – e eu penso como é bom que ainda ali esteja.


PAI,      A VIDA É VERDADEIRAMENTE GRANDE E BELA!
          
             MUITOS PARABÉNS,

             QUE DEUS O ABENÇOE !


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