Sexo e mercado
Francisco Sarsfield Cabral
RR ONLINE 03-08-2015
Para alguns, não existem limites do mercado quando se trata de sexo e prostituição. A Doutrina Social da Igreja tem repetidamente assinalado que o mercado, sendo útil dentro de certos limites, não os deverá ultrapassar.
A Amnistia Internacional quer debater a descriminalização da prostituição, reconhecendo-a como “direito humano”. A iniciativa foi contestada por estrelas de Hollywood, como Meryl Streep, Kate Winslet e Emma Thompson.
Tornar a prostituição uma profissão como qualquer outra é reivindicação recorrente, mesmo em Portugal. Aliás, na Alemanha e na Holanda os “trabalhadores do sexo” são equiparados aos outros trabalhadores – pagam impostos, têm segurança social, etc. E o negócio da pornografia está a ganhar estatuto de respeitabilidade.
Isto é defendido por muita gente que brama contra a mercantilização da vida. Para um marxista o mercado de trabalho no capitalismo, além de implicar a exploração pelos patrões, lida com as pessoas como se fossem coisas. A Doutrina Social da Igreja tem repetidamente assinalado que o mercado, sendo útil dentro de certos limites, não os deverá ultrapassar.
Mas, para alguns (incluindo anti-capitalistas), não existem limites do mercado quando se trata de sexo e prostituição, onde a exploração e a mercantilização das pessoas atingem um nível degradante.
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