«Prefiro morrer cristã a fazer-me muçulmana para sair da prisão»

«Prefiro morrer cristã a fazer-me muçulmana para sair da prisão»


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«Não sou criminosa, não fiz nenhum mal. Fui julgada por ser cristã. 
Creio em Deus e no seu enorme amor.  Se o juiz me condenou à morte  por amar a Deus, terei orgulho em sacrificar a minha vida por ele
»conta o advogado desta paquistanesa, que cita textualmente as declarações de Asia Bibi gravadas no telemóvel.
  
Há tres meses, numa visita à prisão onde esperava julgamento, Bibi contou que o juiz Muhamed Naveed Iqbal «entrou na cela e deu-lhe a oportunidade de se converter ao Islão para ser libertada.
Asia respondeu ao juiz que preferia morrer cristã do que fazer-se muçulmana para sair da prisão».
  
Tudo começou com um copo de água...
  
Em junho de 2009 mandaram a camponesa Asia Bibi, mãe de 5 filhos, buscar água enquantro trabalhava no campo. Outras mulheres protestaram pois, não sendo ela muçulmana, contaminaria o recipiente tornando-o impuro. Exigiram-lhe que abandonasse a fé cristã e se convertesse ao Islão, e ela opôs-se.
  
Em sua defesa respondeu às companheiras que "Cristo morreu na cruz pelos pecados da humanidade", e perguntou às mulheres que tinha feito Maomé por elas. Ao ouvir estas palavras, recorreram ao imã do lugar, marido de uma delas, que denunciou Asia Bibi à polícia pelo delito de blasfémia.
O artº 295 do Código Penal do Paquistão pune com a morte a blasfémia contra o profeta do Islão.
  
 Entretanto, assassinados 2 defensores de Asia Bibi; um rapto
  
Em Janeiro de 2011, no Mercado Kohsar de Islamabad, o Governador do Punjab,
Salman Taseer, foi assassinado por um elemento da sua segurança,
Malik Mumtaz Hussein Qadri, por defender Asia Bibi, e por se opor à lei da blasfémia.
  
Em Março de 2011, o ministro das Minorias, Shabbaz Bhatti, o único cristão do
governo do Paquistão, também foi assassinado pela sua posição sobre as leis da blasfémia.
Foi morto a tiro numa emboscada perto da sua residência.
  
Na sexta-feira passada o filho de Shabbaz Bhatii, foi raptado em Lahore, no leste
do Paquistão, informou a polícia e a família.
  
 Bento XVI intervém

Grupos cristãos - católicos e protestantes - tentam evitar a morte de uma
pessoa inocente. Os bispos do Paquistão pediram ao Papa que medeie o conflito.

O Papa Bento XVI pediu o indulto para Asia Bibi. Ela reconheceu sentir-se
"honrada" com o apelo de Bento XVI e declarou que "é um privilégio saber que falou dela e que segue o caso pessoalmente" e espera "viver o suficiente para poder agradecê-lo em pessoa".

  
 Toda a história num livro

Anne-Isabelle Tollet, repórter do canal televisivo francês France 24 tornou livro
a história de Asia Bibi, agora publicado em português com o título
"Blasfémia - Condenada à morte por um copo de água" .

A Fundação AIS - Ajuda à Igreja que Sofre, apoia a divulgação deste livro.
No ano passado, o Bispo Auxiliar de Lahore, no Paquistão, D. Sebastian Shaw
esteve em Portugal, a convite da Fundação AIS e deu o seu também
impressionante testemunho sobre a realidade da perseguição e as dificuldades por que passam os cristãos naquele país de maioria muçulmana.

A Fundação AIS tem presente uma grande campanha de apoio a Asia Bibi e a
todos os cristãos perseguidos pela sua fé. Trata-se de uma acção que visa r
ecolher apoios materiais para estas comunidades religiosas, mas também de apelo à oração.

 Autora lança o livro em Lisboa

7 de Setembro  às 18h30 na livraria Aletheia, Rua do Século, nº 13 - no Bairro Alto, em Lisboa.

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