Os mata-frades do século XXI

Mafalda Miranda Barbosa
2008.11.01
http://nemtantoaomar.blogspot.com/

O mundo vive mergulhado no relativismo. Perdendo-se os referentes do Bem, da Verdade e do Absoluto, tudo passa a ser permitido e qualquer opinião é – e tem de ser – aceite como válida. Não importa se contende com princípios éticos e axiológicos, mesmo que – e dizemo-lo para afastar elementos perturbadores do discurso – não religiosos, porque a instância máxima de legitimação passa a ser a vontade, insindicável, totalitária, despótica, do eu solitário, solipsista, egoísta, orientado pelo hedonismo e pelo imediatismo. O que dá prazer, o que contenta momentaneamente, o que potencia a euforia desbragada é o que é assumido como fim da existência. E o indivíduo perdido em si mesmo, assumindo-se como rei absoluto da sua vida, tem direito a dizer o que quer e quando quer. O inalienável direito à opinião, pública, publicada ou privada, que não admite o erro ou o contraditório. Se outros aduzem argumentos contrários, são de pronto reduzidos à sua insignificância, pelo disparo de “isso é relativo”, quando não desmerecidos pela acusação dos pressupostos de que partem.

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