O fundo e a superfície

Aura Miguel, RR on-line, 080613

Falar de Santo António é quase sinónimo de marchas populares, sardinha assada e manjericos.


É o português mais famoso do mundo, venerado em todas as línguas e continentes!
Não, não vou falar hoje de futebol, mas sim do nosso Santo António!
A sua fama de santidade foi tão evidente para todos – e os milagres foram tantos e tão extraordinários – que, alguns meses depois da sua morte, em 1232, o papa Gregório IX o proclamou santo.

Lisboa e Portugal rejubilaram com esta honra e, desde então, a sua devoção está entranhada na nossa identidade. Mas hoje, com o desgaste dos séculos, falar de Santo António é quase sinónimo de marchas populares, sardinha assada e manjericos, aos quais podemos ainda juntar uma ou outra procissão e um punhado de casamentos.
Não é que Santo António se importe com esta redução… O grande teólogo e doutor da Igreja soube sempre tirar partido das mais variadas circunstâncias da vida para falar de Cristo e propor a salvação a todos, sem excepção.

O que me parece é que aconteceu com Santo António o que está a acontecer com a fé na Europa: trocámos o sentido profundo das coisas pelo seu lado superficial.


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