Bento XVI contra a infoexclusão

Bento XVI contra a infoexclusão
Agência Ecclesia, 080523

Bento XVI defendeu esta Sexta-feira que “seria uma tragédia para o futuro da humanidade” se os povos mais pobres ficassem à margem do desenvolvimento tecnológico na área da comunicação.

Recebendo os participantes num encontro sobre a identidade e a missão das Faculdades da Comunicação nas Universidades Católicas, o Papa pediu que as pessoas “marginalizadas económica e socialmente” possam ter acesso “aos novos instrumentos de comunicação que permitem partilhar o conhecimento e a informação de forma mais rápida e eficaz”.

O Papa observou ainda que “a arte da comunicação está por sua natureza ligada a uma dimensão ética, às virtudes que fundamentam a moralidade”.

Neste contexto, deixou uma recomendação prática aos presentes: “Encorajo-vos a dar mais atenção, no sector dos meios de comunicação dos programas académicos, às dimensões éticas da comunicação entre as pessoas, num período em que o fenómeno da comunicação assume um lugar cada vez mais amplo em todos os meios sociais”.

“É importante que nunca se encare esta formação como um mero exercício técnico ou com o desejo único de fornecer informações. Há-de ser, isso sim, um convite a promover a verdade na informação e a fazer reflectir os nossos contemporâneos sobre os acontecimentos, a fim de serem educadores dos homens de hoje, edificando um mundo melhor”, prosseguiu.

Bento XVI sublinhou a importância de que “a plena verdade” esteja bem presente na comunicação social e que nunca se percam de vista “as dimensões éticas da comunicação entre as pessoas”.

“As diversas formas de comunicação – diálogo, oração, ensino, testemunho, proclamação – e os seus diferentes instrumentos – imprensa, electrónica, artes visuais, música, voz, gestualidade e contacto – são outras tantas manifestações da natureza da pessoas humana”, observou o Papa.

“É a comunicação que revela a pessoa, que cria relações autênticas e comunidade, e que permite aos seres humanos maturar em consciência, sabedoria e amor. Contudo, a comunicação não é o simples produto de um puro acaso fortuito ou das nossas capacidades humanas: à luz da mensagem bíblica, ela reflecte, isso sim, a nossa participação no Amor trinitário – criativo, comunicativo, unificante – que é Pai, Filho e Espírito Santo”, acrescentou.

Para o Papa, “é evidente que no coração de toda e qualquer reflexão séria sobre a natureza e o objectivo das comunicações humanas tem que haver um compromisso com as questões da verdade. Um comunicador pode tentar informar, educar, distrair, convencer, confortar; mas o valor último de cada comunicação reside na sua densidade de verdade”.

(Com Rádio Vaticano)

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Internacional | Agência Ecclesia| 23/05/2008 | 17:42 | 2678 Caracteres

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