Joao Soalheiro, Agência Ecclesia, 080527 Quatro jovens, postados à entrada de um centro comercial mantêm um diálogo que me prende a atenção: «... até acredito que tenha existido um judeu chamado Jesus Cristo e que tenha sido crucificado, agora que fosse Filho de Deus, isso não acredito!» Outro acrescentava: «... eu fiz a primeira comunhão e tudo isso, por causa dos meus pais, mas não acredito em Deus». Para emendar, de um jacto: «Quer dizer, até acredito num ser superior, numa força espiritual, mas não acredito num Deus como o dos cristãos, feito de carne e osso para salvar a humanidade». E o diálogo, aliás muito vivo e genuíno, lá continuou, por entre plurais repúdios de fanatismos, com referenciação das seitas à cabeça, até se esfumar no percurso da rua, que apenas acompanhei com o olhar do coração. Fim de uma Eucaristia, hora de dispersão e de conversas acaloradas, tendo por assunto uns avisos feitos, havia pouco, pelo pároco. No meio de um cortejo de desaprovações