Alteracoes a lei do divorcio, novidades no Povo e "Divorcio abre nova guerra"

O projecto-lei que o PS se prepara para apresentar, “simplificando” o processo de divórcio foi alvo nos últimos dias de vários comentários. Parece-me útil estarmos preparados para mais este debate que irá agitar a sociedade portuguesa (se não estivermos já todos adormecidos).Seleccionei vários artigos que me pareceram úteis, mesmo que não sendo totalmente coincidente com os pontos de vista de alguns.De modo a não inundar a vossa caixa de correio, aproveitei a circunstância, também favorecida por um fim de semana mais sossegado, para dar início a uma ideia que já bulia há muito tempo.Criei um blog http://o-povo.blogspot.com/ onde as mensagens do Povo também passarão a residir; além disso, poderei, tal como faço agora, colocar lá outros textos ou artigos que poderei ou não sinalizar no Povo. O tempo dirá como tudo irá acontecer.Para já, sobre esta questão, são estes os artigos que poderão ler carregando nas respectivas hiperligações:

O novo casamento Vasco Pulido Valente no Público de 28 de Março de 2008

Casamentos Ana Margarida Craveiro no blog Atlântico

Acabe-se com o casamento! E com os contratos Nuno Pombo no blog Incontinentes Verbais

Vícios e virtudes João Miranda no DN de 29 de Março de 2008

Ainda mais divórcio um artigo gentilmente enviado por Pedro Vaz Patto

Divórcio: Igreja está contra “sentimentalização do amor” notícia na página do Bloco de Esquerda, http://www.esquerda.net/ em 20080328

Espero que esta nova modalidade possa ser útil a todos os que formam o Povo

Obrigado pela vossa companhia

Pedro Aguiar Pinto

P.S. (post-scriptum) – Abaixo o artigo do Diário de Notícias que dá a notícia da iniciativa do PS e das reacções de membros da Igreja Católica

Divórcio abre nova guerra entre maioria PS e Igreja, Diário de Notícias, 20080328

Bispo porta-voz da hierarquia fala em projectos "facilitistas"

Está à vista um novo conflito entre a Igreja Católica e a maioria socialista. Depois da despenalização do aborto, agora será a vez do divórcio.
Pressionado pelo Bloco de Esquerda, o PS prepara-se para apresentar um projecto-lei que "liberaliza" o divórcio litigioso, reduzindo para um ano (ou menos) o período de separação de facto para um divórcio ser decretado, mesmo quando um dos cônjuges não o autoriza.
Questionado pelo DN sobre as iniciativas legislativas do Bloco de Esquerda e do PS, o bispo D. Carlos Azevedo, porta-voz da conferência episcopal, falou em "facilitismo".
"Não se pode considerar o facilitismo seja algo construtor de uma sociedade melhor", prosseguiu o bispo. "O facilitismo não ajuda as pessoas. E a lei tem uma função pedagógica nisso, ajuda as pessoas a pensarem bem antes de darem o primeiro passo."
Segundo o porta-voz da conferência episcopal, o "matrimónio é uma instituição da sociedade", "já existia antes da Igreja". Portanto, o "Estado tem obrigações para com essa instituição", ou seja, "deve defender a união entre as pessoas". "O serviço da fidelidade tem uma dimensão social - por exemplo, na educação das crianças - e nisso o Estado é responsável", considerou o prelado. "Não podemos armar o desejo em lei."
"Sentimentalização do amor"
Para o padre Duarte da Cunha, ex-responsável, durante dez anos, da Pastoral da Família na diocese de Lisboa, o que está em causa nas iniciativas do Bloco de Esquerda e do Bloco de Esquerda é uma "sentimentalização excessiva do amor". "O amor é uma construção permanente, não é algo que se sente um dia e no outro não", afirmou ao DN o sacerdote, também professor de teologia, filosofia e antropologia do matrimónio na Universidade Católica, além de especialista em políticas de família e orientação e mediação familiar.
"Estamos perante uma cultura da desistência", acrescentou, dizendo ainda que os diplomas estão "imbuídos de uma cultura individualista" perante a qual "a família corre o risco de se desagregar".
Para o padre Duarte da Cunha, estes diplomas são o sinal de um "uma sociedade que não cuida de si". O sacerdote associa a iniciativas à "desagregação" da família e depois fala da "violência dos jovens". "Não são só casos de polícia, são também um problema de família, dado que os jovens estão cada vez mais sozinhos." Contesta, por outro lado, a ideia do divórcio a pedido (ontem chumbada na Assembleia da República): "Só se pensa na liberdade do que se quer divorciar. E onde está a liberdade do que não se quer divorciar."

"Divórcio na Hora"

As tomadas de posição destes dois prelados face às iniciativas legislativas na Assembleia da República surgem na sequência lógica de outras recentes. "É quase uma promoção ao divórcio", disse o presidente da conferência episcopal, D. Jorge Ortiga, perante a iniciativa do "Divórcio na Hora" (erradamente enquadrada no Simplex, sendo na verdade uma iniciativa privada que aproveita as facilidades do Cartão Único). "Não há amor sem sofrimento e sem dor", disse ainda o bispo.

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