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A mostrar mensagens de julho, 2007

Ainda sabe dividir quatro por sete? E o seu filho? , JMFernandes, Publico, 070723

Ainda sabe dividir quatro por sete? E o seu filho? 23.07.2007 O "eduquês" não desiste. A calculadora está de regresso ao ensino básico, a tabuada ou as regras da divisão ou saber tirar a "prova dos nove" ficam para depois. Sendo assim, alguém se surpreende com os maus resultados que se registam a Matemática? Vale a pena aprender a nadar? Para quê, se há barcos e, nos barcos, há bóias? Vale a pena aprender andar de bicicleta? Para quê, se há motas, automóveis, autocarros, comboios?... Vale a pena aprender a ler? Para quê, se os computadores já são capazes de ler por nós e basta conhecermos o significado das palavras? Contudo, procuramos que os nossos filhos aprendam a nadar, mesmo que não sejam pescadores. E entusiasmamo--nos quando se equilibram na bicicleta ou associam as primeiras letras. O surpreendente é que, apesar de acharmos natural qualquer das anteriores aprendizagens, ouvimos com naturalidade, porventura sem estranheza, miúdos dizer que têm más notas a Mat

Ma educacao, VPV, Publico 070715

Má educação 15.07..2007, Vasco Pulido Valente Não sei como a minha geração, que viveu em permanente perigo de morte, conseguiu chegar à idade adulta. A bolas-de-berlim, por exemplo. Quando, em 1940 ou 50, comecei a ir à praia, comia bolas-de-berlim, com a criminosa colaboração da minha família. Aparecia a D. Aida com a sua lata e, em dez minutos, lá iam duas bolas a escorrer de creme, sem qualquer investigação ou autorização do Estado. O Estado nessa altura não se interessava pela minha saúde. Fazia mal, fazia muito mal. Agora felizmente existe uma Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, a ASAE, que vigia este delicado comércio. As bolas têm hoje de estar em malas térmicas com uma temperatura de, pelo menos, 7 graus, têm de ser servidas com pinças (suponho que para evitar o pernicioso contacto da mão humana) e os vendedores têm, como é natural, de tirar um curso especial de "manuseamento". As multas vão até aos 3740 euros; coisa que se percebe muito bem qua

Zita Seabra, JCEspada, Expresso, 070714

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Zita Seabra jcespada@netcabo.pt A alegria de viver de Zita Seabra é a melhor celebração da liberdade e a mais profunda ruptura com o universo soturno do comunismo ‘Foi Assim’ é o título do livro de Zita Seabra que foi apresentado na semana passada, no Quartel do Carmo perante vasta assistência, por Mário Soares, José Pacheco Pereira e Carlos Gaspar. Foi uma celebração da liberdade. Zita Seabra conta as suas memórias desde que, aos 15 anos, aderiu ao partido comunista (em 1965) até que deixou a ideologia comunista, em 1989 (tendo sido expulsa em Maio de 1988). A principal mensagem que insiste em transmitir é que, para romper com o comunismo, é preciso compreender que não foi a (má) prática comunista que distorceu os (bons) ideais comunistas. A má prática foi apenas a consequência dos maus ideais. Qual é a natureza do mal comunista? Vários grandes autores do século XX deram contributos para o definir. Raymond Aron pôs a nu o ópio dos intelectuais, uma ideologia totalizante que recusa s