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A mostrar mensagens de julho, 2016

Liberdade de escolha no Ensino

Eugenio Viassa Monteiro Observador 31/7/2016 Este é que é o verdadeiro critério: o que não serve deve ser substituído por aquilo que é bom. E quem deve avaliar são os pais, com as suas opções, não os sindicatos nem o ministro. É convicção geral que apenas as famílias ricas têm os filhos a estudar nos centros privados e que os pobres vão para o ensino oficial onde têm tudo pago. Talvez entre nós esta convicção tenha base na tradição de os meninos preguiçosos e chumbões, de famílias ricas irem para os colégios internos. As ideias feitas, os preconceitos, sobre este assunto parecem reduzir a capacidade de pensar com isenção e profundidade, o que me leva a recordar um estudo cuidado, de muitos anos e de forte impacte, que abalou as convicções tradicionais face ao relato e contacto com fatos sobre os quais vale a pena voltar a perder uns minutos. O estudo recolhido no essencial no livro The Beautiful Tree: A Personal Journey into How the World’s Poorest People Are Educating T

Amor

POVO  31.07.16  O amor é um juízo da inteligência que arrasta consigo toda a sensibilidade humana  Luigi Giussani O Povo vai de férias durante o mês de Agosto. Para as vivermos bem, recomendo esta leitura:  Férias HOJE Fazemos  40 anos de casados .  É motivo de alegria, reconhecimento e de dar graças. Muito do que sou nasce deste juízo da inteligência que me arrasta consigo e que é o amor. Porque o Povo nasce da minha forma de olhar o mundo, este facto e, também, esta forma de olhar o amor como juízo da razão que arrasta toda a sensibilidade, são motivo de partilha Graças a Deus!

40 anos de casados

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Ponte de Sor, 31 de Julho de 1976

A jihad, uma ameaça para a Europa

P. Gonçalo Portocarrero de Almada Observador 30/7/2016 A Europa não pode ignorar uma verdade bem evidente: se, em tempos passados, teve de fazer frente a um terrorismo essencialmente político, agora é ameaçada pelo terrorismo que se autoproclama islâmico. Não há palavras que possam exprimir a estupefacção pelo modo selvagem e cobarde como foi assassinado o padre Jacques Hamel, na passada terça-feira, em Saint Etienne du Rouvray, França. E, contudo, há o perigo de, ultrapassada a primeira reacção de espanto, reduzir o facto a um mero episódio de uma actualidade cada vez mais pródiga em notícias desta natureza. Ou, pior ainda, ceder à tentação de querer responder à ameaça do terrorismo com outro terrorismo, como pretendem os que se querem servir destes acontecimentos para impor políticas xenófobas, ou contrárias à liberdade religiosa. É verdade que, no caso do atentado em Rouen, a motivação para o crime foi de natureza religiosa e, ao que parece, os executantes da degolação do

Frase do dia

POVO  30.07.16  À volta dos pobres e dos doentes vejo uma luz especial que nós não temos Beato Pedro Jorge Frassatti

Beato Pedro Jorge Frassatti patrono das Jornadas Mundiais da Juventude 2016

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Jovens com opinião

Inês Teotónio Pereira DN 20170730 Alguns dos meus filhos estão a ficar gente: têm opiniões. Estão a entrar naquela idade em que já não perguntam, debitam o que lhes vai na alma. Não sabem muita coisa sobre quase nada por falta de tempo, mas falam de tudo. Têm opinião sobre terrorismo, religião, esquerda e direita, sobre profissões, música, o que está bem e mal em casa, no país ou no Médio Oriente. E têm a certeza absoluta. São opinativos fundamentalistas. Funcionam com base no "porque sim" ou porque viram no YouTube. E não há teoria, realidade ou factos que os afastem da sua verdade. Pais e mães mais experientes já me tinham avisado de que esta fase iria chegar e que, segundo eles, "era muita giro". Pois não é. Passar por isto é o mesmo que ouvir os profissionais do comentário na televisão e não poder mudar de canal. É irritante. É o mesmo que jantar com a SIC Notícias em bloco. Com todos ao mesmo tempo e todos os dias. E o pior é que não os podemos insulta

O liberalismo que nos convém

Miguel Angel Belloso DN 2016.07.29 A revista espanhola Actualidad Económica, da qual sou diretor, dedica a sua última capa à besta negra da esquerda: o liberalismo. Pareceu-nos que depois das eleições, que felizmente detiveram a ameaça do populismo e de uma viragem do país à esquerda - embora ainda vá demorar até que se forme um governo e tudo isto se possa alterar até lá -, era o momento de reivindicar a ideologia mais denegrida mas que mais progresso e bem-estar proporcionou à humanidade. Também porque pensamos que se, apesar das dificuldades parlamentares com que vai tropeçar o eventual governo de Rajoy, o liberalismo for a orientação das novas políticas, Espanha e, sem dúvida, Portugal, continuariam a ter uma oportunidade para crescer e prosperar. Se o (neo)liberalismo é o ideário que domina as nossas vidas, como salientam os seus detratores, a humanidade só pode estar-lhe agradecida. Não apenas as centenas de milhões de asiáticos, latino-americanos e africanos que saíram

Todos por um e um por todos!”

Imagens de Marca , 2016.07.27 Nuno Pinto de Magalhães, Presidente do ICAP A vitória de Portugal no Campeonato da Europa de Futebol e a visibilidade que a mesma traz sobre o País por esse mundo fora vai aumentar certamente o impacto positivo na percepção e na curiosidade que temos vindo a despertar já em muitos e agora também noutros que melhor nos quererão conhecer, ajudando à consolidação que se tem vindo a assistir em termos de notoriedade e que se tem traduzido quer ao nível de atração de turismo como potenciando negócios e ajudando a nossa economia nacional, que tanto precisamos! Esta vitória a que se seguiram outras que trouxeram medalhas para Portugal, quer no campeonato europeu de atletismo, no campeonato europeu de hóquei em patins e ainda no campeonato europeu de surf em juniores, vem traduzir antes de mais um trabalho coerente, dedicado e consistente de todas as entidades relacionados com o desporto, ao longo dos últimos anos e vem sobretudo confirmar um dado relevan

Fundação AIS junta quase centena e meia de pessoas numa inédita jornada de oração pelos cristãos perseguidos em plena praia alentejana

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Quase centena e meia de pessoas reuniram-se ao fim da tarde da passada sexta-feira na Praia do Malhão, em Vila Nova de Milfontes, para uma iniciativa inédita da Fundação AIS: rezar pela paz e pelos Cristãos Perseguidos. Esta iniciativa inseriu-se na campanha internacional “ Seja a Misericórdia de Deus ” que a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre tem vindo a desenvolver desde Junho e que vai prolongar-se até Outubro com diversas actividades já agendadas de Norte a Sul do país. Assumindo que “rezar pela paz e pelos Cristãos perseguidos é uma obra de misericórdia”, a Fundação AIS lançou o convite a todos os que se encontravam nesta praia da costa alentejana para rezarem o Terço lembrando em especial o sofrimento dos que vivem em países em guerra, como a Síria, Iraque ou Sudão do Sul, e o drama dos milhões de refugiados em todo o mundo. Esta jornada de oração, que contou com a colaboração activa do “Presépio da Cidade”, do Patriarcado de Lisboa, procurou ser como que uma “ousadia”

Não sabem o que dizem

João César das Neves DN20160728 Até há uns meses nunca contemplaria escrever um artigo assim. Em temas financeiros é preciso muito cuidado ao falar em público. Declarações negativas ou só ambíguas podem ter consequências drásticas e inesperadas. A base das finanças é a confiança, que pode ser abalada por frases imprudentes acerca da reputação de uma instituição. Sou apenas um académico sem qualquer influência real, mas mesmo assim a prudência recomenda nunca escrever um artigo destes. Pior, a situação financeira está ao rubro. Não só o mundo ainda anda combalido, após uma das maiores crises da história, sofrendo já novos choques, não só as taxas de juro estão a níveis impensáveis, como a sucessão de assustadores casos bancários nacionais pôs os aforradores com os nervos em franja. Num clima tão explosivo, nunca escreveria um artigo assim. Só que hoje parece que entrámos num mundo surrealista, onde os responsáveis fazem as declarações mais inacreditáveis, com ligeireza e inse

A Taça das Zero Sanções

JOÃO MIGUEL TAVARES Público 27/07/2016 O pior que pode acontecer a Portugal é a perpetuação das desculpas externas para esconder as incompetências internas. Pronto. Já cá canta mais uma taça. Portugal continua a vencer na Europa.  Contra todos as expectativas, e após um forte pressing final do adversário que levou o próprio treinador português a duvidar da vitória (“a situação aparentemente não está muito simpática para Portugal”, disse ontem António Costa), lá conseguimos erguer a Taça das Zero Sanções. Marcelo pode encomendar as medalhas. Todos estão contentes: o governo está contente porque Pierre Moscovici plagiou os seus argumentos epistolares em conferência de imprensa; o PS está contente porque ergueu a voz e Pedro Nuno “Até as Pernas Lhes Tremem” Santos foi enfim vingado; o Bloco está contente porque já não tem de referendar nada; o CDS está contente porque defende as zero sanções desde pequenino; o PSD está contente porque espera que a frase “contas de 2015” não mai

Este mundo não é nada como tínhamos imaginado

José Manuel Fernandes Observador 28/7/2016 O multiculturalismo falhou porque ignorou a centralidade dos nossos valores. O laicismo também falhou pois ignorou que a modernidade não é só filha do Iluminismo, é também da tradição do cristianismo. Não foi assim que imaginámos que ia acontecer. Não imaginámos que a globalização, que muitos diziam que ia empobrecer os pobres, causasse afinal problemas nos países ricos. E por isso não vimos chegar Donald Trump, como antes não compreendêramos o significado do voto popular em Marine Le Pen ou em Nigel Farage. Não imaginámos que aqueles que foram sendo acolhidos na Europa como imigrantes se voltassem tão violentamente contra os valores dessa mesma Europa. Não imaginámos que uma, duas gerações depois de chegarem continuassem não apenas a não estar integrados, como a recusar a integração. Não imaginámos que, depois da revolução portuguesa de 1974, das transições democráticas na América Latina, desse maravilhoso ano de 1989 em que

Escancarai as portas à misericórdia

D. Javier Echevarría Observador 27/7/2016 A intuição de S. João Paulo II — que propôs aos jovens estas jornadas há já 30 anos — arraigou firmemente na vida de raparigas e rapazes — católicos ou não — do mundo. Mais uma vez reunir-se-ão, junto ao Santo Padre, centenas de milhares de jovens procedentes de todo o mundo. Deixarão as suas casas, os estudos ou as atividades quotidianas, por alguns dias, para celebrar em conjunto a beleza da fé cristã e da Igreja santa. A intuição de S. João Paulo II — que propôs aos jovens estas jornadas há já 30 anos — arraigou firmemente na vida de raparigas e rapazes — católicos ou não — do mundo. Agora, esta Jornada de 2016 volta às raízes geográficas e espirituais do santo Pontífice polaco: ali a misericórdia será de novo a chispa capaz de acender tantos desejos de entrega a Deus, de disposição de serviço aos outros. Nos ouvidos dos que atravessarem a Europa, a caminho de Cracóvia, ressoarão as palavras que surpreenderam o mundo e que conti

Padre Jacques Hamel

POVO  28.07.16  Vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram Ap 6, 9

PÉRE JACQUES HAMEL

Pére Jacques Hamel estava ali, servindo o Senhor, quando em nome de um deus que não existe, (porque não há nenhum deus que exija a morte, que fomente o ódio, que enalteça a morte dos outros), é barbaramente morto, decapitado, como se por acaso o Deus de infinito amor não recebesse com superlativo amor, aquele que perde a cabeça, (porque apaixonado se deixa guiar pelo coração), no Seu seio, e não fizesse a festa no Céu por aquele que foi sacrificado pelo “rebanho”. Decapitado ou morto por leões, numa europa que cada vez mais se aproxima dos circos romanos, onde se matava em nome de nada e os cidadãos se compraziam com o espectáculo, anestesiados por governantes corruptos e débeis na vontade, na força e no carácter. Não, não pode haver vingança a ser servida, mas tão só a realidade dos factos, a justiça que deve ser exercida e exigida, e a demonstração que a civilização tocada por Cristo, é muito melhor do que o ódio que poderia humanamente ser aceitável contra