Nós adoramos Sócrates

Sofia Vala Rocha | Sol | 09/05/2016 
  1. Revelações do caso Freeport. Lista de suspeitos: polícia inglesa insiste em Sócrates. Capa da Visão de 29/1/2009.
  2. Face Oculta. O Polvo. O plano para controlar o DN, o JN e a TSF. As manobras da Ongoing. Primeira página do semanário SOL de 12/2/2010.
  3. A misteriosa vida de Sócrates em Paris. Capa da revista E do Expresso.
  4. Sócrates volta à política contratado pela RTP. Primeira página do DN de 21/3/2013.
  5. «Sou o chefe democrático que a direita sempre quis ter». Entrevista de Sócrates ao Expresso de 19/10/2013.
  6. Sócrates é suspeito no caso Monte Branco. Capa da Sábado de 6/8/2014.
  7. «Sinto-me mais livre do que nunca». Declaração ao Expresso, na prisão, 29/11/2014.
  8. Sócrates: 11 meses de escutas decisivos para a prisão. É o preso 44 em Évora. Capa da Sábado de 3/12/2014.
  9. José Sócrates. A vida na prisão. Primeira página do Expresso de 30/5/2015.
  10. Tudo o que Sócrates disse num interrogatório explosivo. Capa da Sábado de 11/6/2015.
  11. Saída de Sócrates e sondagens alarmam PS. Primeira página do Expresso de 5/9/2015.
  12. As cinco mentiras de Sócrates. Dos milhões do Vale do Lobo às contas na Suíça do amigo Carlos Santos Silva. Primeira página do Correio da Manhã de 17/12/2015.
São doze primeiras páginas de jornais e capas de revistas, mas podiam ser centenas. Sócrates está nas notícias há anos. Porque vende. Porque racha o país ao meio. Metade ama-o, a outra metade odeia-o. A metade a que eu pertenço adora odiar Sócrates.
Quando o homem ganhou as legislativas em 2005, não as ganhou por acaso. Ganhou porque era o que a maioria dos portugueses queria ser. Ele tinha a qualidade ‘aspiracional’: as mulheres queriam-no e os homens queriam ser como ele. Sócrates percebeu que a política se transformara num show mediático e que tinha os atributos pessoais para jogar o jogo. 
Quando o telejornal de Manuela Moura Guedes começa a dar notícias desfavoráveis, vê-se livre da jornalista. 
Perde as eleições em 2011, com o país sob resgate, exila-se em Paris e regressa a meio da legislatura de Passos Coelho para ser comentador da RTP em prime-time, com os dois olhos postos na candidatura presidencial de 2015.
Em 2014 é preso. Começam as cartas da prisão e as sucessivas entrevistas negociadas com jornais e televisões para dar a sua versão da história.
No dia em que sai da prisão é o cúmulo do estilo e da coolness. Estamos perante um individuo que consegue sair da prisão cheio de bom aspeto. Convenhamos, é obra! 
Saído da prisão, vai à TV dar uma entrev bsta em dois dias consecutivos para declarar que o «Ministério Público fez ou deixou fazer uma campanha de denegrimento pessoal» contra si, acrescentando: «O PS já perdeu as eleições, o mal está feito, já nem precisam de apresentar a acusação…». 
De duas coisas podem estar certos. Primeira: tão cedo não nos livramos dele. Segunda: ou acaba preso ou acaba na TV.

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