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A mostrar mensagens de junho, 2018

As petrolíferas no Vaticano

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José Maria C.S. André         17.06.2018 Correio dos Açores,    Verdadeiro Olhar,    ABC Portuguese Canadian Newspaper,    Spe Deus, Clarim, O Alcoa, Notícias da Covilhã, O Progresso 1.   Quando o Papa João Paulo II publicou a Encíclica «Laborem exercens» (14 de Setembro de 1981) e depois a «Centesimus annus» (1 de Maio de 1991), várias multinacionais reconheceram que aqueles problemas mereciam ser vistos com atenção. A maioria dos dirigentes de topo daquelas empresas não eram católicos, mas reconheceram na Igreja uma autoridade única para falar em nome da dignidade humana. Por um lado, os argumentos pareciam razoáveis e intelectualmente estimulantes; por outro, quem cumprisse aquele ideal corria o risco de ir à falência. Assim, parecia-lhes arriscado que a Igreja pusesse o indivíduo e a sua família no centro, em vez de dar a primazia aos accionistas da empresa. O Papa João Paulo II falava do capital como um instrumento útil — «que nasceu do trabalho e é portador das

D. Regina, a viral

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Eutanásia

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Nota prévia da Redação:  Este relato de como o debate e votação parlamentar sobre a legalização da eutanásia foi vivida numa casa de família é expressivo de duas coisas que se pretendem salientar:  "É interessante ver um filho com 16 anos a defender a sua posição, distinta da dos pais, tentando argumentar com inteligência. Mostra que sente abertura para pensar pela sua própria cabeça, o que é algo que nos enche de felicidade. Ainda que, por vezes, algumas das suas opiniões nos inquietem, o facto de pensar nas coisas, de nos ler em voz alta artigos com os quais concordou, de relatar discussões que teve com amigos e professores, deixam-nos a certeza de estarmos a criar alguém com liberdade de pensamento e raciocínio." 1) A intuição dos jovens perante os valores absolutos, como a vida e a sua defesa em qualquer circunstância, pode ser mais clara, que a dos adultos, particularmente aqueles que têm visibilidade social, e que procuram agradar a todos. Na verdade, o e

O que podemos aprender com um suicida

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Quer mudar a sociedade de forma ilegítima? Comece por mudar o sentido das palavras.

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Manifestação ‘Toda a Vida tem Dignidade" Pedro Morrumba 29.05.2018 Boa tarde,  Se eu dissesse que há tempos atrás eu prestei assistência a um suicida, o que é que vocês entenderiam? Certamente nenhum de vocês pensaria que eu teria reunido os meios e disponibilizado os meios para essa pessoa se matar.  Uma das coisas que se faz quando se quer mudar uma sociedade de forma ilegítima, é começar por mudar o sentido das palavras e das expressões. E prestar assistência a alguém que está em sofrimento não é, de todo, provocar a morte dessa pessoa e apressar a morte dessa pessoa.  Todas as vezes que nós quisemos ouvir uma pessoa dizer: “Eu prestei assistência a alguém que estava em sofrimento”. O significado que nós sabemos que essa expressão tem é que ele esteve ao lado de quem estava a sofrer, é que ele apoiou quem estava a sofrer, é que ele ajudou quem estava a sofrer.  Não significa certamente que essa pessoa antecipou, que essa pessoa apressou a mor

O rescaldo da eutanásia: arranjemos um psicólogo!

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JOSÉ MARIA SEABRA DUQUE      OBSERVADOR    07.05.2018 Louçã, Isabel Moreira, as manas Mortáguas e seguidores são como adolescentes revoltados com os pais. Os pais podem fazer o que quiserem que serão sempre contra. Não se trata de razão, mas de revolta. As reacções à derrota da legalização da eutanásia são bastante demonstrativas do que realmente faz mover os defensores profissionais das causas fracturantes. Não falo evidentemente daqueles que, nos últimos dois anos, fizeram uma campanha honesta e séria para defender o que entendiam ser melhor para Portugal. Falo dos que constroem a sua carreira política, jornalística, artística baseados apenas num contínuo defender da última causa fracturante que for lançada para o espaço público. Mais importante do que as reacções de falsa vitória a que se assistiu no parlamento (com direito a grande cobertura da comunicação social) onde os paladinos da morte a pedido proclamavam que voltariam a propor a lei as vezes que fossem pre

Porque é que eles nunca perdem?

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RUI RAMOS         OBSERVADOR       01.06.2018 É notável como os argumentos e as apreensões que levaram a maioria dos deputados a votar contra a legalização não inspiraram aos promotores da eutanásia um segundo sequer de pausa e de meditação. Ao ouvir os promotores da chamada eutanásia, fica-nos esta dúvida: para quê debater? Para quê votar? Porque é que a eutanásia não foi imediatamente legalizada na terça-feira? Só porque a maioria dos deputados votou contra? Mas que importa? Não foi desta, será da próxima, como nos referendos do aborto. Para quê então perder tempo com debates e votações, se o resultado final já está decidido? Teremos tantas votações quantas as necessárias até o parlamento acertar na resposta certa É óbvio que tudo seria diferente se a eutanásia tivesse ganho, mesmo que por um voto. Nesse caso, o processo teria sido encerrado definitivamente, e quem, por acaso, propusesse nova votação, seria universalmente desprezado como alguém que não sabe aceitar a vo

A Tragédia de Rio e a salvação do PCP

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ABEL MATOS SANTOS   PUBLICO   25.05.2018 Dias curiosos estes, em que o PCP tem mais juízo que Rui Rio, Teresa Leal Coelho ou Paula Teixeira da Cruz. Rui Rio, cada vez mais trágico, veio fazer a apologia da eutanásia, talvez pensando no que se pode poupar matando os doentes em vez de deles cuidar. Já o PCP vota em bloco contra a eutanásia, rejeitando a cultura da morte, defendendo a vida e colocando-se do lado certo! A verdade é que o PCP, ao afirmar que a eutanásia representa um retrocesso civilizacional e um ataque aos valores humanistas, mostra uma visão mais positiva e organizada de uma sociedade onde as pessoas importam, tornando-se um partido mais responsável e confiável. De algum modo, com este posicionamento, já não será um partido totalmente comunista, muito menos ortodoxo. Já o PSD com Rui Rio, desastroso e cheio de casos que envergonham, vem revelar-se um líder relativista onde tudo vale e pouco importa, desde o aborto à eutanásia, querendo criar uma soci

Senhor deputado, eu não votei na sua consciência

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INÊS QUADROS   OBSERVADOR   29.05.2018 Nenhuma condição de que a lei possa fazer depender o cumprimento de uma vontade de morrer pode ser considerada como uma posição de compromisso, porque a morte é sempre irreversível. Muito se tem debatido a substância da eutanásia, em geral e na sua concretização pelos projetos de lei que foram apresentados pelo PAN, pelo BE e pelo PS. Julgo ser necessário também chamar a atenção para um aspeto formal do processo de decisão que, não competindo com as questões de substância, todavia ajuda a perceber como estas devem ser debatidas no espaço político. Nos últimos anos, a propósito das chamadas “questões fraturantes”, ouve-se frequentemente dizer que os deputados devem ter liberdade de voto porque as votações respetivas respeitam a uma “questão de consciência”. Esta expressão, que fica bem em parangonas (aludir à consciência pessoal inevitavelmente põe um ponto final a qualquer discussão) corresponde, todavia, na melhor dos casos, a um eq

Esta rampa não é para mim!

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MAFALDA RIBEIRO    DN   29.05.2018 As pessoas com mobilidade reduzida precisam de rampas em vez de degraus, já que é isso que lhes confere sentido de liberdade. Eu sou uma dessas pessoas que lutam pela extinção dos obstáculos para que as rodas da minha cadeira possam deslizar. Portadora de deficiência motora, com um currículo de quase uma centena de fraturas desde o útero da minha mãe e dores físicas que nunca ficam a zeros. Portadora de óculos, aparelho auditivo e uma cadeira elétrica que nunca vi como uma condenação. Os meus saltos altos equilibram-se, portanto, desde sempre em cima de rodas, mas se não tiver rampas estou sempre a tropeçar. As rampas para mim são como pontes de autonomia. No entanto, há uma rampa que não é para mim. Aquela cuja inclinação, por não obedecer à fórmula correta, passa de bênção a maldição. Que é de tal forma deslizante que passa a ser um perigo para a minha própria vida. Votar a favor da despenalização da eutanásia é, a meu ver, pensar-se que se es

A D. Regina

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A D. Regina é da paróquia da Ericeira e foi filmada pelo seu pároco Pe. Tiago Fonseca no início da semana. No facebook este video já conta com 8.000 visualizações.

Eutanásia, vitória até quando?

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JOSÉ MARIA SEABRA DUQUE   01-06-2018  WWW.NOSOSPOUCOS.BLOGSPOT.COM A eutanásia foi derrotada. Por uma unha negra, mas foi. Foram só cinco os votos que fizeram a diferença (e nem foram bem cinco, porque quatro deputados do PSD votaram a favor da eutanásia, mas em projectos diferentes, de modo a serem a favor mas não puderem ser culpados pela sua aprovação). Mas não nos deixemos sossegar nem por um instante por esta vitória. O assunto vai regressar ao parlamento. E irá regressar as vezes que forem necessárias até ser aprovado. A próxima batalha será já para o ano, com sorte no a seguir. A verdade é quando os temas fracturantes chegam a Assembleia da República, já perdemos. Pode não ser à primeira ou à segunda. Até podemos, fruto do trabalho política e de alguma sorte, ganhar aqui e ali. Mas inevitavelmente acabaremos por perder. O combate político em defesa da vida e da família equivale a por uns quantos paus à frente de um rio a ver se o conseguimos parar! Quando o