Boas pessoas
"Todos conhecemos pessoas que estão envolvidas por uma auréola de bondade. Têm fama de bons. Parentes e conhecidos costumam referir-se a elas dizendo: 'É tão bom!'... Mas, não raro, começam a frase que assim os qualifica com um adjetivo: 'Coitado, é tão bom!...', e acompanham o comentário com um sorriso de condescendência.
Logo adivinhamos o que se esconde por trás do adjetivo e do sorriso: uma 'bondade' que está unida à falta de firmeza de espírito e de força de caráter. Uma bondade mole e superficial. Não é que essa 'bondade' seja uma 'pose' ou uma atitude hipócrita. Não se trata, no caso, de uma pessoa que finja sentir o que não sente. Trata-se de homens ou mulheres que têm bom coração e uma natural inclinação para facilitar a alegria e o bem-estar dos outros. Mas a sua bondade é frágil, inconsistente. Não é autêntica porque se apóia sobre dois pilares falsos: um temperamento complacente e um sentimentalismo brando."
(Pe. Francisco Faus, O Homem Bom)
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