Defesa da Escola. Ponto
TODOS À MANIFESTAÇÃO
DE DIA 29 ÀS 15:00 NA AR
O movimento defesa
da escola ponto, é uma singular organização na área da educação, pois
representa todos os atores do sistema educativo das nossas escolas, alunos,
famílias, professores, não docentes e diretores.
Não é um movimento
de defesa da escola privada. Também não o é da escola estatal. É defesa da
escola. Ponto. Porque todos prestamos serviço público. Em nome da liberdade.
A atual revolta das
famílias das comunidades com contrato-associação prende-se com um ataque sem
precedentes do Ministério da Educação às suas escolas, que são escolas de ensino
público e gratuito. E de muita qualidade por sinal.
Sendo as escolas
com contrato-associação escolas de ensino público, da rede pública, as famílias
não entendem a violência que estão a ser sujeitas. Não deveria haver limites à
liberdade de escolha, sobretudo ainda para mais dentro da rede pública. A
expetativa das famílias é que o projeto educativo seja estável até ao fim. As
famílias e os alunos não distinguem ciclos, isso pouco lhes diz. Para as
famílias e para os alunos o que faz sentido é iniciar e terminar o percurso
escolar na sua escola.
Crianças e jovens
destas escolas vivem hoje uma brutal instabilidade emocional, pedagógica,
social e afetiva. Uma vergonha. Ainda por cima numa fase do ano letivo onde as
palavras de ordem deveriam ser a calma e a serenidade. Deve o Estado proteger e
garantir estabilidade aos cidadãos, sobretudo aos mais frágeis. Está-se a fazer
política (neste caso, educativa) sem olhar ao superior interesse das crianças e
dos mais jovens.
É também muito
claro o que irá acontecer em termos de custos sociais. Estas medidas empurram
para o desemprego milhares de pessoas, docentes e não docentes, que ficam assim
com a sua vida destruída. Nas escolas do Estado nunca um professor dos quadros
foi despedido. Nas escolas de ensino publico com contrato-associação serão às
largas centenas. Associado a uma calamidade social, está também uma inexplicável
injustiça.
Por fim é bom
lembrar que as escolas com contrato-associação são efetivamente mais baratas
que as Estatais, sendo o diferencial (e ele está expresso no Orçamento de
Estado para este ano) de 25.000€/turma/ano. As escolas de ensino-público possuem
ainda a virtude de onerarem o Estado apenas e só quando são escolhidas. No
limite, uma escola de contrato-associação que tenha procura “zero”, terá também
um impacto zero para o orçamento de estado.
As permanentes
manifestações que Portugal está a assistir dão que pensar. Este afeto tão expressivo
que pais, alunos, professores, funcionários e direções estão a demonstrar
quererá dizer alguma coisa em termos da sua qualidade. O sistema educativo
português em vez de procurar o extermínio destas escolas, deveria humildemente
procurar aprender alguma coisa com elas. Porque, alguma coisa certamente, fazem
bem feito para estarem a ser tão expressivamente defendidas por milhares de
famílias e trabalhadores. O seu legado não pode ser descontinuado.
O amor dos pais pelos
seus filhos é infinito, assim como a energia para lutar contra esta enorme
injustiça.
Junte-se a esta
grande manifestação pela liberdade. O extermínio dos contrato-associação são
apenas a ponta do iceberg de uma estratégia radical de esquerda.
A Direção do
Movimento
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