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Jornal de Natal

JornalNatal JornalNatal papinto Jornal de Natal 2000.12.22 Publish at Scribd or explore others:

Jesus Cristo Nasceu Há Dois Mil Anos. Parabéns!

MÁRIO PINTO Público, Segunda-feira, 18 de Dezembro de 2000 Comemoramos, este ano, dois mil anos do nascimento de Jesus Cristo. É costume fazer uma festa maior nos aniversários em que se completam décadas, ou séculos. Por maioria de razão nos milénios. Este Natal é, portanto, uma festa ainda mais celebrada. Muitos milhões de homens crêem que Jesus Cristo ressuscitou e está vivo. Mas até mesmo aqueles que não têm esta fé reconhecem a beleza e a bondade da boa-nova que ele proclamou, isto é, do seu evangelho. Também estes podem celebrar justamente o Natal. Jesus Cristo mudou o mundo. O calendário cristão é apenas um simples reconhecimento disso. A verdadeira revolução está na palavra e na promessa que nos deixou. Quatro homens escreveram os evangelhos de Jesus Cristo: Mateus, Marcos, Lucas e João. E o que escreveram os quatro cabe num pequeno (grande) livro de cento e cincoenta páginas. Que um tão pequeno livro tenha uma tão grande força, leva-nos a perceber que há uma fo

Qual é o mal ?

António Pinto Leite Expresso, 2000-11-11 A JUVENTUDE dos anos 60 e 70 fazia uma pergunta ao sistema de valores que então imperava: «Porque não?» A juventude de hoje faz uma outra pergunta: «Qual é o mal?» Há diferenças decisivas nestas duas perguntas, e as diferenças resumem os últimos 30 anos. A pergunta «Porque não?» era alternativa e implicava a existência, do outro lado, de um conjunto definido de valores. Dizia-se «não» a um conjunto de valores que não satisfazia mas que claramente se identificava. A juventude dos anos 60 e 70 confrontou-se com gerações mais velhas de fortes convicções, com uma noção transparente do que estava bem e do que estava mal. Confrontou-se ainda com noções de autoridade muito nítidas, por vezes exageradas ou perversas; mas, em qualquer caso, associado às convicções fortes das gerações que dominavam, sempre foi simples perceber que existia um sistema de autoridade em que aquelas convicções se fundavam e que as protegia. Os tempos de agora são bem

Proclamação de São Tomás Moro patrono dos governantes e dos políticos

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O mistério de Fátima

António Pinto Leite Expresso, 2000/05/06 O Papa Está a Chegar a Portugal. No centro desta terceira presença de João Paulo II na nossa terra está Fátima. «Eu devo a minha vida a Nossa Senhora de Fátima», confidenciou o Papa ao cardeal Eduardo Peróneo, logo depois do atentado de 13 de Maio de 1981, na Praça de S. Pedro. João Paulo II, uma das figuras centrais da história contemporânea, situa na terra portuguesa a sua sobrevivência, o seu pontificado. É a História, a de Portugal e a da Humanidade, e é a fé, essa realidade insondável da intimidade humana, que se entrelaçam nesta visita. A beatificação de Jacinta e Francisco entrelaça também os factos humanos, a História, com o mistério da fé. Jacinta e Francisco não são figuras virtuais, são duas crianças que existiram, com uma história própria e intorneável. A fé que move João Paulo II, que o traz a Fátima no auge de um martírio físico, num testemunho impressionante que silencia qualquer coração de boa-vontade, não é um acto gratuito, um

Holocausto da família

João César das Neves DN 2000.01.31 Os inícios do século XX ficaram marcados por uma luta terrível contra um dos valores civilizacionais mais importantes, a liberdade. O século XX termina no meio de uma luta terrível contra outro valor civilizacional essencial, a família. Em menos de cem anos, dois dos fundamentos mais preciosos da civilização foram fortemente atacados. A primeira dessas lutas, pela liberdade, teve o seu auge em meados do século e foi já, em grande medida, ganha. A outra, pela família, é a actual, ainda em pleno fragor com resultado incerto. O que está em causa, como antes, é a sobrevivência da sociedade livre e equilibrada. No princípio do século, as ideologias comunista e fascista, na frescura da sua novidade, apregoavam uma alternativa original para o falhado sistema político de então. Nazis e marxistas, desprezando a liberdade, defendiam o poder do Fuhrer, do Duce e a ditadura do proletariado. Inspiradas na pureza da raça ou na superioridade dos operários,