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A mostrar mensagens de fevereiro, 2011

Hino aos tradutores

José Ribeiro e Castro Público, 2011-02-28 R aras vezes os deputados têm uma responsabilidade pessoal tão directa. Nesta semana, têm-na consigo – e pesada: mandar, ou não mandar, para o desemprego mais umas quantas centenas de portugueses. Se a Assembleia da República apoiar que Portugal se oponha à cooperação reforçada na patente unitária e, assim, continuemos a bater-nos pela igualdade concorrencial e de regime linguístico, estaremos a defender não só a nossa língua, nem só a nossa economia – mas concretamente o emprego de quinhentos a mil profissionais, altamente qualificados. Se alinhar pela traição à língua portuguesa e pela rendição aos interesses dos mais poderosos, estaremos a querer somar mais umas largas centenas aos milhares de desempregados que Portugal já leva. Acrescentaremos mais insolvências, com encerramento de empresas e escritórios. A juntar ao desastre da dívida externa e do desequilíbrio comercial, alienaremos mais uns largos milhões de euros anuais de exportação

Chama-se liberdade

Público 2011-02-28 João Carlos Espada Sou contra a tirania, qualquer que seja a sua fonte, de um, de alguns, ou da maioria reunida em colectivo Tenho seguido com interesse o debate que este jornal tem promovido sobre os acontecimentos no mundo árabe. Hesito, no entanto, em intrometer-me. Posso ser acusado de conflito de interesses. Em 1998, em Nova Deli, fui co-fundador do World Movement for Democracy, que ainda hoje existe, com sede em Washington. Dez anos mais tarde, em Haia, voltei a ser co-fundador da European Partnership for Democracy, que tem sede em Bruxelas. No ano passado, recebi com surpresa uma Medalha de Gratidão, atribuída pelo European Solidarity Center, com sede em Gdansk, pelo apoio que terei promovido ao Solidarnosc polaco, na década de 1980. Por outras palavras, a minha posição é demasiado simples e cortante: sou contra a tirania, qualquer que seja a sua fonte, de um, de alguns, ou da maioria reunida em colectivo. E sou a favor da democracia liberal, em qualquer p

UNIVERSIDADE HARVARD DÁ RAZÃO AO PAPA NA LUTA CONTRA A SIDA

Estudo realizado a partir do caso do Zimbábue ROMA, sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011 ( ZENIT.org ) - Um estudo realizado pela Universidade Harvard deu razão à posição de Bento XVI sobre a AIDS, afirmando que um comportamento sexual responsável e a fidelidade ao próprio cônjuge foram fatores que determinaram uma drástica diminuição da epidemia no Zimbábue. Quem explica, em sua última pesquisa, é Daniel Halperin, do Departamento de Saúde Global da População da universidade norte-americana, que, desde 1998, estuda as dinâmicas sociais que causam a disseminação de doenças sexualmente transmissíveis nos países em vias de desenvolvimento. Halperin usou dados estatísticos e análises sobre o estudo de campo, tais como entrevistas e focus group, o que lhe permitiu coletar depoimentos de pessoas que pertencem a grupos sociais mais desfavorecidos. A tendência de dez anos é evidente: de 1997 a 2007, a taxa de infecção entre adultos diminuiu de 29% a 16%. Após sua pesquisa, Halperin não hesit

Quase boas ideias

DN2011-02-28 JOÃO CÉSAR DAS NEVES Com o Governo em cuidados paliativos, há que preparar a autópsia. As gerações futuras não podem desperdiçar as lições preciosas de tantas experiências desastradas. Tolices foram muitas e variadas; a mais paradoxal é a "quase boa ideia". O Governo de José Sócrates apresentou múltiplos projectos, programas e sugestões que pareciam mesmo excelentes. Não eram. Todos sabemos que foi feita uma quase reforma da administração pública, reestruturações hesitantes na saúde e educação, mudanças parciais na Segurança Social. Em todos os casos faltou sempre um bocadinho. O mais espantoso porém foram os sucessos proclamados. A 17 de Janeiro, na Cimeira Mundial de Energia no Abu Dhabi, o senhor primeiro-ministro disse que Portugal é o "segundo país da Europa em energia eólica... líder mundial nesta área graças a reformas e investimentos nos últimos seis anos" (Lusa). Se tem assim tantas vantagens, porque hesitam os países ricos? Será que são todos

A Surprising Prevention Success: Why Did the HIV Epidemic Decline in Zimbabwe?

journal.pmed.1000414[1]

A patente da asneira

2011-02-27 José Ribeiro e Castro [1] Num acto precipitado, o Governo decidiu aderir ao Acordo de Londres, substituindo quase integralmente o Português pelo Inglês no registo em Portugal de patentes europeias. É um gesto gratuito sem ganhos para a economia portuguesa. E uma enormidade para a política externa da Língua, ferindo com danos irreversíveis o Português como língua completa e global. Dá ideia que quem inspirou o Governo quis aproveitar-se do geral desconhecimento destes meandros e sua impenetrável tecnicidade. Daí, o anúncio de três objectivos de que não se atinge um único. Não podia haver pior pontaria. 1º objectivo: diz o Governo que “visa [a] promoção do investimento estrangeiro em Portugal” . Mas a redução de custos com a tradução em Português é irrisória (cerca de 1.500 euros) no conjunto de um investimento, usualmente com custos muito elevados. E a insegurança jurídica decorrente de infracções mais prováveis e decisões judiciais mais incertas só pode redundar em desince

Amigos - um poema de Camilo Castelo Branco

Camilo Castelo Branco_amigos

Meta-se na sua vida

úblico 2011-02-27  Miguel Esteves Cardoso Uma doença exclusiva dos portugueses é acharem que tudo o que ouvem lhes é dirigido, convidando-os a responder e a participar, apesar de não terem sido os destinatários do que se disse. É por isso que não temos tradução para overhear : tudo o que ouvimos dá-nos o direito de nos metermos na conversa. A intromissão é quase uma obrigação entre nós: é uma entremissão, uma missão que todos herdamos uns para com os outros. Anteontem, numa mercearia, ao ver uns antigos sabonetes franceses parecidos com uns nossos de grande sucesso, gracejei, sem graça, com a Maria João: "Olha, os franceses estão a copiar a Ach. Brito". Logo interveio a merceeira: "Não, não, que essa marca francesa é muito mais antiga". Enquanto o resto do mundo distingue o que "sobreouve" (ou não pôde deixar de ouvir) do ser interpelado, os portugueses equacionam o que é audível com fazerem parte da conversa. Os ingleses, quando intervêm, pedem des

Costumes dos antigos

Público 2011-02-26   José Pacheco Pereira É absolutamente impossível ler todos os livros de qualquer biblioteca que tenha mais de 6000-7000 livros No seu livro sobre a biblioteca pessoal de Hitler, Timothy Ryback cita Walter Benjamin e a eterna pergunta que toda gente que tem bibliotecas a dar para o grande conhece: "Mas já leu estes livros todos?" De um modo geral, quem faz esta pergunta não é um grande leitor nem tem muita experiência de leitura, porque senão saberia de imediato que é absolutamente impossível ler todos os livros de qualquer biblioteca que tenha mais de 6000-7000 livros, na melhor e raríssima hipótese de se ser um leitor excepcional. Mas na pergunta há também uma ingenuidade que me é muito simpática: se não lê todos esses livros, para que é que os tem? E aí estamos noutro território, passamos da leitura para a bibliofilia. No seu conjunto, tudo costumes dos antigos. O número de livros que se pode ler em vida é controverso e difícil de avaliar. Há livros

Gostava de estar mais entusiasmado com as revoluções árabes

Público 2011-02-25 José Manuel Fernandes O 2011 dos povos a sul do Mediterrâneo tem mais semelhanças com o 1848 europeu do com o 1989 dos países do Leste No dia em que Mubarak fez a sua desesperada intervenção televisiva tentando evitar a demissão, estive horas preso à televisão. Assim como no dia seguinte, quando a vigorosa rejeição da Praça Tahrir, no Cairo, o levou a desistir e a retirar-se do poder. Nesse dia, celebrei a sua queda ao jantar - um tirano a menos no mundo. Porém, nunca me senti à vontade para escrever sobre esta onda de "revoluções árabes". Tal como Pacheco Pereira aqui escrevia no passado sábado, sentia que aquilo que me contavam os jornais e o que via nas televisões era um retrato incompleto, porventura uma narrativa naturalmente entusiasmada de jornalistas eufóricos por estarem a testemunhar mais uma revolução democrática, mas pouco mais do que isso. Perturbou-me, em particular, o que sucedeu à jornalista da CBS Lara Logan quando foi violentada nessa

Nada de choques no rabinho dos presos, chamem a malta do Bloco

Tiago Mesquita http://aeiou.expresso.pt/100refens 2011-02-25 Anda tudo em histeria porque um preso que decidiu transformar a cela num curral levou com um choque eléctrico no rabo. Este país não tem mais nada com que se preocupar? Eu também não gostei de ver a forma como o recluso foi tratado na prisão em Paços de Ferreira. Ninguém aprecia ver imagens de violência. Mas chamo a atenção dos que se mostraram mais "indignados" que a filmagem se passou no interior de um estabelecimento prisional e não no parque de estacionamento do Lidl ou no recreio de um jardim-escola da Bobadela. São ambientes um bocadinho diferentes. Com direitos e deveres distintos. E não estamos a falar de um menino do coro. Estamos a falar de um traficante de droga que já tinha agredido guardas prisionais. Só quem não viu filmes como "Carandiru" ou "Attica", retratos verídicos de acontecimentos passados em prisões de estados democráticos, ambos com finais trágicos, é que não entende o q

Sobre os amigos

Palavras amáveis multiplicam os amigos, a linguagem afável atrai muitas respostas agradáveis. Procura estar de bem com muitos, mas escolhe para conselheiro um entre mil. Se queres ter um amigo, põe-no primeiro à prova, não confies nele muito depressa. Com efeito, há amigos de ocasião, que não são fiéis no dia da tribulação. Há amigo que se torna inimigo, que desvendará as tuas fraquezas, para tua vergonha. Há amigo que só o é para a mesa, e que deixará de o ser no dia da desgraça; na tua prosperidade mostra-se igual a ti, dirigindo-se com à vontade aos teus servos; mas, se te colhe o infortúnio, volta-se contra ti, e oculta-se da tua presença. Afasta-te daqueles que são teus inimigos, e está alerta com os teus amigos. Um amigo fiel é uma poderosa protecção; quem o encontrou, descobriu um tesouro. Nada se pode comparar a um amigo fiel, e nada se iguala ao seu valor. Um amigo fiel é um bálsamo de vida; os que temem o Senhor acharão tal amigo. O que teme o Senhor terá também boas amizades

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DESTAK|2011.02.24 João César das Neves | naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt Imagine que uma qualquer potência internacional tinha como propósito destruir a imagem portuguesa no exterior. Dificilmente poderia ter melhores resultados nesse sinistro propósito do que os que o nosso Governo conseguiu nos últimos meses. Na sua subida sabedoria, o executivo erigiu há meses como finalidade suprema evitar recorrer ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira. Das duas uma: ou Portugal não está em dificuldades financeiras, caso em que esse objectivo faz todo o sentido, ou esse Fundo é um meio perver-so de ataque aos países, não se entendendo então o voto positivo dado pelo Governo português à sua criação em Maio passado. Mais estranho ainda, todas as esperanças do executivo português estão numa eventual proposta de reforço e flexibilização do mesmo Fundo, ideia que anda a saltitar nos meios europeus, mas que os países endinheirados têm compreensível relu-tância em aceitar. Ou seja o Governo portugu

O exemplo que chegou de Londres

Aura Miguel RR on-line 25-02-2011 09:44 Os ex-anglicanos recentemente convertidos à Igreja Católica tomaram, esta semana, em Londres, uma medida exemplar: organizaram uma campanha pública para rezar pelo Papa, convidando os fiéis a participar numa Hora Santa de reflexão sobre o Bispo de Roma. Mais: o convite partiu do ex-bispo anglicano Keith Newton – hoje sacerdote católico, ordenado há mês e meio – responsável máximo do Ordinariato de Nossa Senhora de Walsingham, a estrutura que Bento XVI criou para, em Inglaterra, acolher os que desejam entrar na plena comunhão com a Igreja católica. “Queremos agradecer a visão do Papa e o dom da unidade que nos trouxe até aqui”, disse o ex-bispo anglicano recém-convertido. “Encorajo todos a entrar numa igreja católica e a rezar por ele diante do Santíssimo”. Que bom seria reconhecer esta frescura também em bispos que sempre foram católicos… Para que Bento XVI não tivesse de se queixar – como se queixa – de que os maiores ataques contra si partem

Mensagem do Papa para a Quaresma de 2011

MsgQuaresma2011

O eurolusocídio

Público 2011-02-22  José Ribeiro e Castro O Parlamento Europeu não nos defendeu e o Governo entregou-nos, traiçoeiramente, no Conselho Insisto há anos para conhecermos o valor económico da língua portuguesa. Vivemos tempos materialistas - vale pouco o que não pesa em percentagens do PIB. Às tantas, o Governo pareceu agarrá-lo e desencadeou uns estudos. É o caminho certo e novas iniciativas vão-no levando mais fundo. Agora, a contracorrente, o Governo acaba de dar uma dentada valente precisamente no valor económico da nossa língua: consumou-se a primeira etapa de um "lusocídio" - a exclusão do Português do regime europeu de patentes. O Parlamento Europeu não nos defendeu e o Governo entregou-nos, traiçoeiramente, no Conselho, pela calada da manhã. O debate parlamentar foi elucidativo. O alemão Lehne, relator, mostrou ao que vêm os entusiastas do regime trilingue de Munique (inglês, francês e alemão): "Se algum Estado - ditou ele - se acha tão importante para querer a

Igreja/República: Os dias da «revolta» dos bispos

Documento, divulgado em finais de Fevereiro de 1911, contestava medidas «anticatólicas» e a perseguição às instituições católicas Lisboa, 23 Fev (Ecclesia) – Os bispos católicos de Portugal escolheram o final de Fevereiro de 1911 para reagir às medidas tomadas desde a implantação da República, a 5 de Outubro do ano anterior, que consideravam de “feição não só acatólica, mas anticatólica”. A «Pastoral Collectiva» do episcopado (na altura ainda não existia Conferência Episcopal) tinha data de 24 de Dezembro de 1910, mas só a 22 de Fevereiro de 1911 os bispos se decidiram pela sua leitura pública, nas missas dos domingos seguintes, sem prévia autorização do Governo, o que acabou por ser impedido, em muitos casos, pelo poder civil. No documento, os bispos assinalam, em tom crítico, que o novo regime “proscreveu a Companhia de Jesus e extinguiu todas as demais ordens e consagrações religiosas” aboliu o “juramento religioso”, suprimiu “a observância de muitos dias santos de preceito” e “proi

A próxima ceia

DN 2011-02-21 JOÃO CÉSAR DAS NEVES O senhor primeiro-ministro eng. José Sócrates é uma personalidade lamentável. Tribuno hábil e táctico eficaz, o seu horizonte reduz-se sempre à imagem política e ao equilibrismo de forças. Para ele, o poder parece ser um cargo, não uma função, um ganho, não uma responsabilidade. Sacrifica invariavelmente o interesse nacional às manchetes dos semanários. Devemos-lhe algumas decisões correctas e válidas, mas a atabalhoada gestão deste descalabro financeiro, que o marcará para a história, é apenas um aspecto final do vício original. Todo o consulado andou marcado por suspeitas, intimidações, escândalos, manipulações, negociatas. Agora já se vê bem a subida da pobreza, desemprego, injustiça, o ataque a contribuintes, Igreja, escola livre. As ilusões acabaram. Após seis anos de mandato é evidente a tacanhez de visão e os custos da estratégia míope. Muito pior, apesar de menos visível, é a supina arrogância com que impôs os seus caprichos ideológicos, alt

Elogio aos gagos

João Pereira Coutinho 2011-02-21 Folha.com http://www.folha.uol.com.br/ Certo dia fiz uma viagem de trem entre Porto e Lisboa com Marc Shell. O ilustre Marc Shell é um escritor americano, professor em Harvard, e a conversa, durante três horas, é daquelas que dificilmente se esquecem. Falou-se de tudo: da vida e da morte. E de literatura, que faz a soma de ambas. Um traço do cavalheiro, porém, causava-me estranheza: a forma como falava. As frases eram curtas. Pausadas. Como se houvesse ali um excesso de afetação ou vaidade. Dias depois, ao folhear a revista "Spectator", encontrei a chave para o mistério: uma resenha ao último livro de Shell. O livro intitula-se "Stutter" e é uma mistura sagaz de autobiografia e estudo cultural sobre os dramas da gaguez. Shell era gago. E a forma como falava, longe de ser uma exibição de pedantismo, era um mecanismo de sobrevivência. Cada. Frase. Era dita de um fôlego só. Para não haver derrapagens. Desconfortáveis. Fiquei a pensar

Sem saída

JN 2011-02-20 Zita Seabra O país está num impasse dramático. Numa negação da realidade, o primeiro-ministro aparece fugazmente com uma triste e decadente agenda política com a única preocupação de (ainda) tentar "vender" a imagem de que nada se passa com o país. Os ministros sumiram e ninguém sabe o que estão a fazer. Suspeita-se apenas. O primeiro-ministro finge, já sem nenhuma imaginação e convicção, que tudo está bem e mostra-se em tristes "reprises" das cenas que outrora eram encenadas com "pompa e circunstância". Esta semana lançou a primeira pedra de uma barragem e fez uns quantos discursos sem nexo e aos gritos. Certamente que lamenta que já ninguém visite Portugal e permita regressar ao brilho de uma fotografia ao lado de. Nem mesmo Hugo Chávez vem e parece que já não liga muito a um pobre país europeu endividado, com Magalhães para vender e à espera de alguma esmola. Assim, arrastamo-nos numa decadência pesada. Para "animar a malta", o B

20 de Fevereiro - Pastorinhos de Fátima

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  Beatos Francisco e Jacinta Marto

Requiem pela Língua Portuguesa

Público, 2011-02-19 José Ribeiro e Castro Marquem no calendário: semana negra para a Lusofonia! Avançou, em Bruxelas e Estrasburgo, a manobra da cooperação reforçada nas patentes, que privilegia Inglês, Francês e Alemão e fere interesses específicos da economia portuguesa. Com o furtivo agenciamento do Governo Sócrates, que fugiu à Assembleia da República, e a conivência do PS e PSD (à excepção de Graça Carvalho e Carlos Coelho), foram demolidos interesses fundamentais e direitos da política linguística portuguesa. Nota alta só para CDS e PCP. Mas ficou tudo muito difícil. Tenhamos presentes dez linhas elementares: 1.º        Portugal não tem qualquer interesse e deve opor-se firmemente, na Europa, a regimes linguísticos que excluam e discriminem a língua portuguesa. 2.º        Portugal não guarda só o interesse de uma língua igual à doutro Estado-membro. Portugal defende o interesse especial de uma língua europeia global, falada internacionalmente, o que apenas sucede com algumas líng