Pensamos pela nossa cabeça ou deixamos que pensem por nós?


Nenhum de nós escapa à influência da opinião dominante, quanto mais não seja porque domina, isto é, está por cima, ouve-se mais vezes, mune-se de uma credibilidade artificial – usando sistematicamente personalidades credíveis -  . Nunca vai até ao fundo. Aquilo que se pretende é vencer-nos mostrando-nos um “sumário executivo” que não sendo totalmente mentira é apenas uma parte da realidade. Aposta na nossa preguiça em procurar melhor informação. Vem isto a propósito do caso da “emigração do Pingo-Doce para a Holanda”. Mas fico-me por aqui e deixo-vos com este artigo do director do Jornal de Negócios, Pedro Santos Guerreiro,  que me parece tocar exactamente no ponto:

"Estamos saturados de manhosos, desconfiados de moralistas, estamos sem ídolos, sem heróis, estamos encandeados pelos faróis dos que saltam para o lado do bem para escapar à turba contra o mal. Quando apanhamos, abocanhamos. Estraçalhamos. Somos uma multidão furiosa. Às vezes, erramos. A família Soares dos Santos não está a fugir aos impostos. Mesmo se vai fugir ao País.  
Só há um antídoto contra a especulação: a informação. É assustador ver tanta opinião instantânea sobre o que se desconhece. A sede de vingança tomou o lugar da fome de justiça. O problema não está na rua, nas redes sociais, nas esquinas dos desempregados. Está em quem tem a obrigação de saber do que fala. Do Parlamento, de Ana Gomes, de António Capucho, dos que pedem boicotes ao Pingo Doce (para comprar onde, já agora? No Continente da Sonae que tem praças na Holanda? No Lidl, que as tem na Alemanha?)" (ler o resto…).

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