Pensamos pela nossa cabeça ou deixamos que pensem por nós?
Nenhum de nós escapa à influência da opinião dominante, quanto mais não seja porque domina, isto é, está por cima, ouve-se mais vezes, mune-se de uma credibilidade artificial – usando sistematicamente personalidades credíveis - . Nunca vai até ao fundo. Aquilo que se pretende é vencer-nos mostrando-nos um “sumário executivo” que não sendo totalmente mentira é apenas uma parte da realidade. Aposta na nossa preguiça em procurar melhor informação. Vem isto a propósito do caso da “emigração do Pingo-Doce para a Holanda”. Mas fico-me por aqui e deixo-vos com este artigo do director do Jornal de Negócios, Pedro Santos Guerreiro, que me parece tocar exactamente no ponto:
"Estamos saturados de manhosos, desconfiados de moralistas, estamos sem ídolos, sem heróis, estamos encandeados pelos faróis dos que saltam para o lado do bem para escapar à turba contra o mal. Quando apanhamos, abocanhamos. Estraçalhamos. Somos uma multidão furiosa. Às vezes, erramos. A família Soares dos Santos não está a fugir aos impostos. Mesmo se vai fugir ao País.
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