Educação Sexual :: Participação de uma mãe na consulta pública
From: Joana Quintela
Sent: segunda-feira, 12 de Dezembro de 2016 13:23
To: 'dseeas@dge.mec.pt'
Subject: consulta pública do referencial de educação para a saúde
Importance: High
Sent: segunda-feira, 12 de Dezembro de 2016 13:23
To: 'dseeas@dge.mec.pt'
Subject: consulta pública do referencial de educação para a saúde
Importance: High
Exmos. Srs.,
Venho por este meio expressar a minha opinião sobre o documento Referencial de Educação para a Saúde.
1º - Espanta-me muito que um documento tão importante e relevante, seja posto a Consulta Pública, sem que as Entidades Responsáveis tenham emitido qualquer comunicado sobre a mesma, para a Comunicação Social. Assim todos os interessados poderiam participar activamente, dando opiniões e sugestões. Fiquei a saber desta consulta porque, por acaso, o jornal o Público, publicou uma notícia sobre o assunto. Feilzmente houve quem visse e pusesse a notícia a circular nas redes sociais. De outra maneira, ninguém teria sabido de nada! Isto fica muito mal ás Entidades Responsáveis.
2º - Como é que é possível fazer um projecto com esta relevância, atropelando por completo, a liberdade de educação dos pais/família, primeiros educadores dos seus filhos!
Os Srs. entram, sem pedir licença, na casa de milhões de portugueses, com a pretensão de educar os nossos filhos como muito bem entendem.
Eu não faço isso a ninguém, e não admito, nem concebo que o façam a nós.
Jamais permitiremos que alguém, que não nós, ou que não tenha sido específica e explícitamente escolhido por nós para esse fim, fale ou ensine aos meus filhos Educação Sexual. Propôr, ou melhor, impôr projectos destes, sendo que a transversalidade a todas as matérias só tem essa intenção, é próprio de regimes totalitários. Portugal, ainda é um país livre!
3º - Sexualidade e afectividade, não são a mesma coisa que estilos de vida saudáveis (alimentação, desporto, etc) ou que comportamentos cívicos, ecológicos ou ambientais.
A Sexualidade toca o mais fundo, íntimo e privado que há em cada um de nós. Toca o coração, toca o centro. É um tema que deve ser abordado com toda a delicadeza, cuidado e respeito, como se de um tesouro precioso se tratasse. Por isso mesmo é um assunto que compete, antes de mais, aos pais/família que são os primeiros educadores dos seus filhos. Por razões óbvias, são aqueles que melhor os conhecem, um a um. A sua sensiblidade, a sua maturidade, e portanto cada um deve ser tratado de modo diferente e adequado.
Não é um assunto para ser tratado em público, em massa, por um desconhcido professor de qualquer disciplina. Devassando, desumanizando e massificando a sexualidade. Como se nós fôssemos nada, nem sequer animais.
4º - Não entendo esta ansiedade que alguns adultos têm de arrancar a inocência e ingenuidade naturais à infância. Estas duas característcas tão evidentes, são precisamente aquilo que no tempo, com educação, permitem um crescimento, desenvolvimento e amadurecimento harmonioso, sólido, livre e feliz.
Por Educação entende-se, educar o coração do homem de acordo com a sua originalidade. No tempo, dotar as crianças e jovens da capacidade de olharem para a realidade segundo a totalidade dos seus factores, dotar de critérios de juízo claros, para que possam em liberdade e com sentido crítico, escolher e decidir pelo que, originalmente, mais corresponde aos desejos de Amor, Paz, Beleza, Justiça, Verdade.
Este projecto é o contrário disto. Deseduca, desrespeita, desumaniza e destroi.
5º- Também é evidente que um projecto destes só potencia comportamentos irresponsáveis, mais grave, abusivos, dos mais fortes sobre os mais fracos. Ao contrário de proteger, só torna mais vulneráveis os mais fracos, os mais novos , os mais pequenos.
6º - A Ideologia do Género, é a Ditadura do Relativismo. Tudo é o que me apetece, o que me satisfaz, o que vai ao encontro do meuinteresse. Não há ideologia mais egoísta e manipuldora da realidade, da natureza e dos outros. Se ninguém é o que é, se não há homem nem mulher, só há aquilo que eu quiser. Se é assim, então, porque não ensinar às crianças que 1+1= ao que eu quiser. Que o ABC não é assim, é como eu quiser. Que o Planeta Terra é um cubo, se eu quiser. Que os elefantes em África são formigas, porque eu quero, e matá-los é legítimo, não passam de formigas.
É tão absurdo que qualquer um, se parar para pensar, percebe o perigo da Ideologia do Género. Falta totalmente à verdade e à realidade da Natureza Humana, e não só, da Natureza toda.
Não somos todos tão ecologista e ambientalistas? Esta é a maior e mais perigosa violação da Natureza e do Ambiente. É contra o Ser Humano, é contra tudo.
7º- Por último, somos todos contra a Pena de Morte, mas em Portugal e em muitos outros países, condenamos diáriamente á morte, sem direito a defesa, e executamos liminarmente, milhões de bébés inocentes, acusados do horrível crime de existirem, de serem doentes, de serem o resultado da violência de adultos.
Falar disto, disfarçado de IVG, às crianças, ultrapassa tudo o que é razoável e não merece mais comentários.
Tendo em conta tudo o que foi dito, peço o seguinte:
1º - A suspensão imediata deste Projecto
2º - Havendo a intenção de elaborar um projecto desta natureza, toda a sociedade educativa, a começar pelos Pais, famílias, Escolas, Professores, Instituições ligadas à Educação e Ministério da Educação (cuja função principal é a de ajudar e colaborar com pais), devem ser chamados a participar activamente, salvaguardando sempre a liberdade de escolha. Sendo portanto a sexualidade uma matéria que só deve ser abordada em aulas à parte.
3º- A publicação total dos resultados da Consulta Pública e das decisões tomadas em consequência da mesma, usando para tal os meios de Comunicação Social.
Atenciosamente,
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