Natureza

Só o sobrenatural tem uma visão saudável da Natureza. A essência do panteísmo, evolucionismo e das religiões cósmicas modernas está nesta proposição: que a Natureza é nossa mãe. Infelizmente, se olharmos para a Natureza como mãe, descobriremos que ela é uma madrasta. O ponto principal do cristianismo era este: a Natureza não é nossa mãe: a Natureza é nossa irmã. Podemos ser orgulhosos da sua beleza, uma vez que temos o mesmo pai; mas ela não tem autoridade sobre nós; temos que a admirar, mas não que a imitar. Isto dá ao prazer tipicamente cristão nesta terra um estranho toque de leveza que é quase frivolidade. A Natureza era uma mãe solene para os adoradores de Isis e Cibeles. A Natureza era uma mãe solene para Woodsworth ou para Emerson. Mas a Natureza não é solene para Francisco de Assis ou para George Herbert. Para S. Francisco, A Natureza é irmã, e mesmo uma irmã mais nova: uma pequena, irmã bailarina, para nos rirmos dela e para a amarmos"
G. K. Chesterton: Ortodoxia
Ontem foi o dia da Terra, uma iniciativa com mais de 40 anos, iniciada nos Estados Unidos com o nome de Earth Day. Como todos os "dias de" procura lembrar as ameaças a que a Terra está sujeita. Escrever Terra com letra grande tem o risco panteísta de endeusar a Terra. Escolhi, por isso, esta precisa observação de Chesterton, que põe as coisas no seu devido lugar.
Também no domingo foi o dia da Torre dos Clérigos que faz este anos 250 anos. Uma idade "crescda" do ex-libris da cidade onde nasci e que, por isso, assinalo com orgulho bairrista.
A ler:
Um americano em Lisboa João Carlos Espada                explica uma hipótese que pode ser garantia de sobrevivência da Europa: a diversidade
Dar e receber Pe. Vasco Pinto de Magalhães                 porque é que é dando que se recebe
A segunda mentira João César das Neves                       Enquanto a primeira mentira é a ilusão de riqueza em que vivemos, descreve-se aqui a segunda

Hoje ainda pode  assistir á sessão A Fé: o fundamento da Esperança, 21:00 Filipa Ribeiro da Cunha

Um abraço do
Pedro Aguiar Pinto

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