Falar verdade

Miguel Alvim

A epígrafe de Eça de Queirós - "Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia" - já não serve.
A realidade é forte demais para imagens literárias.
O termo fracturas sociais também não serve.
Falemos verdade.
Os deprimentes ensaios sociais - legais da era Sócrates, do crime do aborto liberalizado até à aberração do dito casamento homossexual ou do projecto da adopção de crianças inocentes e desprotegidas por duplas homossexuais são o sinal forte e evidente de um processo imparável de erosão moral - legal, de deriva ateia e pagã de uma comunidade que está a desumanizar.
A crise é isso, muito mais do que PPPs e operações swaps (apesar de que estas falácias são outro aspecto da mesma realidade).
Portugal, a Europa e o Ocidente em geral estão apodrecidos nas suas convicções, princípios e valores.
E pasmam sem soluções.
As soluções para esta crise não se encontram em manuais escolares de boas práticas económicas e financeiras.
Um mundo sem Deus, onde a mais bela e milagrosa criação divina, que é o homem, feito à Sua imagem e semelhança, é objecto de maciça e mentirosa manipulação estatista de alguns poucos muito agressivos e poderosos, que o aniquilam e mesmo matam no seu ser pessoa.
Quem é que já se esqueceu da queda da torre de Babel?
E de que o tempo e o espaço são relativos?
Sem Deus, nada, mas mesmo nada, dá alguma vez certo.
O regresso ao passado é um desastre que vai anunciado pela autocomplacência e pela falta de fé de demasiada gente que anda demasiado distraída.
Portugal tem de mudar de rumo se quiser sobreviver.

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