O ataque vergonhoso de Francisco Louçã

DESTAK | 11 | 11 | 2012   23.06H
Isabel Stilwell | editorial@destak.pt

O ataque absolutamente absurdo a Isabel Jonet através das redes sociais já afrontava a inteligência de qualquer pessoa com o mínimo de bom senso, e mais uma vez demonstrava que a liberdade de expressão é só para alguns, e como a inveja cega e o anonimato fazem o resto. 
A presidente do Banco Alimentar era acusada de fazer troça dos pobres. Mais ilógico não pode haver, contra alguém que constantemente alerta para a pobreza crescente em Portugal, e apela (e obtém) a solidariedade dos portugueses, que confiam no seu trabalho. E como ridículo final, pedem a demissão de quem não recebe ordenado, e só depende de quem a escolheu.
Mas as declarações de Francisco Louçã, no discurso de abertura do Congresso do BE, são de uma outra natureza, de uma demagogia nojenta, que nada pode justificar. A Isabel Jonet, Francisco Louçã chamou de “senhora do Movimento Nacional Feminino”, acusando-a de estar a “brincar à caridadezinha”.  
O chauvinismo de um político de esquerda é impressionante - usa o “senhora” em lugar do título de economista que tem, numa tentativa de a colar ao passado “fascista” - , mas chamar caridadezinha ao seu trabalho é absolutamente indigno.  
Isabel Jonet gere uma empresa de centenas de trabalhadores e milhares de  voluntários, que em 2011 foi capaz de angariar mais de 30 mil toneladas de alimentos, 121 toneladas por dia entregues a 337 mil pessoas com carências alimentares. Em Maio último, e em consequência dos seus alertas para o efeito da crise nas famílias (nomeadamente nos “novos pobres”), conseguiu uma recolha de 2.100 toneladas de alimentos num fim de semana, graças à mobilização de 37 mil voluntários. 
Onde Louçã foi buscar a legitimidade moral para a criticar, não faço ideia. Tenho a certeza de que as milhares de pessoas que comem graças ao trabalho do Banco Alimentar, ficam com menos fome do que quando são servidas pela demagogia barata do líder demissionário. Valha-nos isso.

Comentários

Gabriel Monchique disse…
O Francisco Louca sofre provavelmente da esquizofenia descrita pelo Dr. Olivier Tod ( fundador e director do semanario Nouvel Observateur, esquerdista ) no livro " Le proletaire et le fou " , onde explica que ele sofria dos mesmos sintomas quando era militante comunista.

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