Caridade



Hoje é o dia de Santa Isabel da Hungria que dedicou a sua vida, abdicando do conforto que o seu estatuto lhe dava, a ajudar os mais pobres.
Quase a terminar a “controvérsia em torno das palavras de Isabel Jonet” vale muito a pena ler a síntese das razões que estão por trás de tanta irritação no excelente artigo de José Manuel Fernandes que admite que “o que certos sectores da opinião quiseram fazer foi ajustar contas com uma organização que ajuda realmente os pobres sem obedecer aos paradigmas radicais do que deve ser a "solidariedade social". É um “conflito” antigo de que, também, Santa Isabel da Hungria, foi vítima. Santa Isabel da Hungria é, por razões particulares, muito próxima à nossa família, e por razões históricas, muito próxima a Portugal, já que foi tia-avó da Rainha Santa Isabel.
Fui ontem recordado da acção de Yekatherina Kuskova que, também ela, preferia a melhoria da situação das pessoas concretas durante o consulado de Lenine, tendo fundado um percursor do Banco Alimentar contra a Fome, o que desagradava fortemente ao poder.
Como nos diz Miguel Alvim, toda esta controvérsia chama a atenção para o que mais conta que é a pessoa, a sua dignidade e a sua liberdade.
Este despertar da pessoa, em oposição ao preconceito ideológico é a grande mensagem deste “caso” que quero hoje encerrar com a conclusão do gráfico que mostra a evolução do apoio e da rejeição a Isabel Jonet, englobando estes últimos oito dias.
Percebo que é bem diferente da caridadezinha com que alguns a querem catalogar, mas intuo que também eu estou bem longe de a perceber no confronto quotidiano da vida.
Que Santa Isabel da Hungria e a Constança me ajudem neste caminho de “ser homem”
Pedro Aguiar Pinto

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