Aborto
Henrique Raposo
Expresso, 2012-11-10
A Maria quer ser mãe, mas tem uma complicação : entra na maternidade e tem de fazer um aborto forçado. Além da dor física e mental, Maria tem de pagar uma taxa moderadora e os medicamentos.
Joana não quer ser mãe, entra na maternidade e faz uma interrupção voluntária da gravidez. Além de não pagar nada ainda recebe uma espécie de subsídio de maternidade.
Até parece piadinha.
Comentários
São piores que Pilatos! Que dirão a Deus quando lhes for pedido contas?...
Rodrigo FC
Quando há várias coisas mal (e o IVA é um imposto cego, embora não totalmente cego como quer fazer crer - nem todos os alimentos estão sujeitos à taxa de 23%)há que estabelecer prioridades e começar a arranjar o que está mais torto.
Trata-se neste caso, não apenas de uma injustiça, mas de uma ofensa á dignidade da vida humana. Quando se subsidia o aborto com um "subsídio de maternidade" o Estado, isto é, todos nós, não so abdicamos da protecção aos mais fracos, como apoiamos a sua eliminação