João César das Neves: “Os revolucionários querem usar o Papa como arma de arremesso”
Nuno Ramos de Almeida ionline 20160930 A sua vida balança entre a religião e o ensino da economia. Defende a doutrina social da igreja ao mesmo tempo que acha que é preciso cortar nas reformas e nos salários da função pública. Contraditório? É isto que esta conversa a propósito do livro “A Economia de Francisco, Diagnóstico de um Equívoco” vai tentar esclarecer. Como apareceu a religião na sua vida? Fui educado numa família católica. Os meus país eram muito devotos e envolvidos nas missões da Igreja. Desde pequeno que vivi assim, e depois, à medida que fui crescendo, fui eu próprio tomando as minhas opções, mas é uma situação que vem desde pequeno. Nunca teve dúvidas? Não. Procurei estudar muito e saber muito. Estudei e comparei com outras religiões. É um problema intelectual de devoção mas, sinceramente, a nível da fé nunca tive problemas. Há pessoas com muitas crises de fé, eu não me queixo disso. Tive um grande período de fervor e entrega à fé com nove ou dez anos, e