30 Novembro: S.André, apóstolo



(El Greco)  Santo André

O primeiro a ser chamado, o primeiro a dar testemunho

«Como é bom, como é agradável, viverem os irmãos em unidade» (Sl 132, 1). [...] Depois de ter estado com Jesus (Jo 1, 39), e de ter aprendido muitas coisas, André não guardou esse tesouro para si: apressou-se a ir ter com seu irmão, Simão Pedro, para partilhar com ele os bens que recebera. [...] Repara no que ele diz ao irmão: «Encontrámos o Messias (que quer dizer Cristo)» (Jo 1, 41). Estás a ver o fruto daquilo que ele tinha aprendido há tão pouco tempo? Isto é uma prova, a um tempo, da autoridade do Mestre que ensinou os Seus discípulos e, desde o princípio, do zelo com que estes queriam conhecê-Lo.

A pressa de André, o zelo com que difunde imediatamente uma tão grande boa nova, dá a conhecer uma alma que ardia por ver cumpridas todas as profecias respeitantes a Cristo. Partilhar assim as riquezas espirituais é prova de uma amizade verdadeiramente fraterna, de um afecto profundo e de uma natureza cheia de sinceridade. [...] «Encontrámos o Messias», diz ele; não está a referir-se a um messias qualquer, mas ao verdadeiro Messias, Àquele que esperavam. 

Comentário de São João Crisóstomo (c. 345-407), bispo de Antioquia, depois de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o evangelho de João 19, 1  


                                              A cruz em X ou a crux decussata
Santo André foi um dos apóstolos mais fervorosos e próximos de Cristo. Ao sofrer o seu martírio, assim como Cristo, através da crucificação, Santo André pediu para ser crucificado numa crux decussata, ou seja, uma cruz em forma de X, e não numa cruz latina como foi Jesus Cristo, pois dizia não ser digno de sofrer o seu martírio numa cruz do mesmo tipo da cruz de Jesus.
A cruz de Santo André faz parte da vasta iconografia cristã e é uma das diferentes estruturas da cruz.
Além do uso em brasões de armas, a partir do século XIV, a cruz de Santo André passou a ser frequentemente usada em bandeiras.

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