França proíbe anúncio sobre trissomia 21 para não ofender mulheres que abortaram

RR   25.11.16

O anúncio mostra várias crianças e jovens com síndrome de Down a explicar a uma futura mãe porque é que são felizes.
O Governo francês proibiu um anúncio em que várias crianças com trissomia 21 explicam a uma futura mãe que não deve temer pelo facto de o seu filho, ainda por nascer, ter sido diagnosticado com essa deficiência.
No vídeo, chamado “Querida futura mãe”, as crianças e jovens falam de tudo o que o seu filho vai poder fazer e alcançar, avisando que por vezes será difícil, mas que isso se aplica a todas as mães de todos os filhos.
O curto filme foi feito em 2014 e recentemente foi adaptado a um anúncio para poder passar na televisão francesa, mas o Conselho Superior de Audiovisual naquele país chumbou-o, dizendo que não se enquadrava nos critérios de serviço público, invocando o argumento de que as imagens de crianças com trissomia 21 sorridentes e felizes poderia “perturbar as consciências de mulheres que tinham tomado, legalmente, outras escolhas de vida pessoais”.
O aumento de diagnósticos pré-natais leva a que em alguns países nove em cada dez bebés com trissomia 21 sejam abortados, apesar de as melhorias médicas permitirem aos portadores desta deficiência levar vidas cada vez mais longas e autónomas.
A decisão foi posteriormente confirmada pelo Conselho de Estado francês, chocando as organizações que se dedicam a apoiar as famílias de portadores de trissomia. Em declarações à Catholic News Agency, Michelle Sie Whitten, presidente da Fundação Global de Síndrome de Down, classificou-a como “absurda”, “chocante” e “ofensiva” e de contrariar o direito à liberdade de expressão.

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