Se não houvesse Deus, não haveria ateus
Ateísmo é, suponho, o exemplo supremo de uma fé simples. O homem diz que não há Deus; se ele o diz de coração, é um tipo de homem assim designado na Escritura. Mas, de qualquer modo, quando o diz, disse-o; e parece não haver mais nada a dizer.
É como se a conversa se esvaziasse.
A verdade é que a atmosfera de excitação, pela qual o ateu vive, é uma atmosfera de desafiante e vibrante teísmo mas, de modo, nenhum, ateísmo; é uma atmosfera de desafio, mas não de negação. Irreverência é um parasita muito servil da reverência; e morre de fome como o seu senhor esfomeado.
Depois desta primeira excitação sobre o mero efeito estético da blasfémia a coisa some-se no seu próprio vácuo. Se não houvesse Deus, não haveria ateus."
G.K. Chesterton: "Where All Roads Lead."
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