Vender o corpo

Francisco Sarsfield Cabral RR online 12 Abr, 2016

Torna-se cada vez mais difícil sustentar que a prostituição é uma profissão exercida livremente, como tal devendo contribuir com impostos e contribuições sociais.

Passou quase desapercebida entre nós a decisão da Assembleia Nacional francesa que suprime a penalização das prostitutas que oferecem os seus serviços e penaliza com multas quem comprar sexo. Esta lei situa-se na linha do sistema sueco (que conta com vários outros países seguidores) e é contrária à equiparação da venda de sexo a qualquer outra profissão (regime em vigor na Holanda e na Alemanha).
Divulgar esta importante decisão dos deputados franceses não interessa, naturalmente, a muita gente que se diz anticapitalista mas defende mercantilizar a utilização do corpo - afinal, o império do mercado levado ao seu extremo. Já agora, porque não permitir à pessoa que se venda como escravo?
Em editorial, o diário "El País", próximo dos socialistas, diz que a solução agora adoptada pela França vai na direcção certa: torna-se cada vez mais difícil sustentar que a prostituição é uma profissão exercida livremente, como tal devendo contribuir com impostos e contribuições sociais.
E acrescenta: “A prostituição é um negócio infame, baseado em grande parte no tráfico de seres humanos”.

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