Sede de água viva

Um pequeno comentário ao artigo de José Luis Nunes Martins "A infelicidade do desejo". Quer o título quer o destaque - Os desejos determinam a felicidade. Quanto menos alguém desejar, mais feliz pode ser – deixam-nos uma ideia, que na minha opinião é errada. Percebo a intenção do artigo, mas não esta afirmação que me leva não desejar.
O desejo está inscrito no coração do homem como o instrumento que Deus lá pôs para que nos aproximemos d'Ele. É claro que é um desejo de infinito que não pode ser confundido com os nossos pequenos desejos que nos tentam todos os dias. Esses não nos satisfazem (satis – suficiente, facere – fazer), não são suficiente, não nos completam, porque a nossa sede é sede de infinito. Mas sem esses desejos que nos tornam infelizes porque não cumprem o que prometem, nem sequer saberíamos o que é a sede. E sem saber o que é a sede não poderíamos desejar a única fonte capaz de dessedentar um coração desejoso.
Uma boa semana
Pedro Aguiar Pinto

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