D. Jose Policarpo considera aborto e casamento entre homossexuais exemplos chocantes do rumo da Cultura
Fátima, Santarém, 19 jun 2013 (Ecclesia) - D. José Policarpo, patriarca emérito de Lisboa, disse hoje que a legalização do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo são o "mais chocante" exemplo da recente evolução cultural em Portugal.
Na conferência que encerrou as Jornadas Pastorais da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que decorreram em Fátima, o cardeal Policarpo referiu que nas sociedades atuais "toda a realidade humana, independentemente do seu sentido ético, passa a ter direitos de cidade, regulados pela lei".
O patriarca emérito de Lisboa considerou que neste "positivismo", as leis não são tanto "propostas éticas" que ditem "caminhos de verdade e do bem", mas "regulação da realidade humana, seja ela qual for".
"Aborto clandestino era uma realidade preocupante? Legaliza-se a interrupção voluntária da gravidez, relativizando o sentido ético da interrupção violenta da vida", exemplificou D. José Policarpo.
"A homossexualidade é uma realidade, pessoas do mesmo sexo estabelecem relações amorosas que na antropologia cultural são próprias da relação do homem com a mulher? Estabelece-se a igualdade de género, sendo a opção homossexual tão verdadeira como a heterossexual, permite-se o casamento entre pessoas do mesmo sexo e está-se à beira de permitir adoção de crianças por esses pares de pessoas do mesmo sexo", prosseguiu.
D. José Policarpo sustentou que estes dois casos, protegidos por lei, estão em "total rutura com a visão do homem em sociedade, enraizada no direito natural e aprofundada na visão cristã da sociedade".
Para o patriarca emérito de Lisboa, na origem destas mudanças culturais está "o enfraquecimento do sentido de eternidade", com consequências na "perceção da realidade", cada vez mais caracterizada por uma "teoria segundo a qual só a verificação situa o homem perante o que é real".
"Isto levou a um 'positivismo' na análise da realidade, que pode tender para uma limitação desse horizonte da realidade", disse D. José Policarpo.
O cardeal Policarpo disse também que outra concretização do "positivismo na evolução da cultura" é a "redução ao económico, ao lucro, aos bens materiais das realidades que os homens buscam e pelas quais lutam".
"A felicidade do homem não passa só por aí, mas pela busca do amor, da beleza, da convivência fraterna. O economicismo, os mecanismos financeiros, a ânsia do lucro atrofiam o horizonte da beleza da vida na variedade das suas expressões", sublinhou.
A conferência de D. José Policarpo, sobre 'A evolução cultural e a evolução da sociedade portuguesa', encerrou as Jornadas Pastorais do Episcopado, que hoje terminaram em Fátima, onde esteve em análise o tema "A organização da sociedade à luz da doutrina social da Igreja".
PR
Na conferência que encerrou as Jornadas Pastorais da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que decorreram em Fátima, o cardeal Policarpo referiu que nas sociedades atuais "toda a realidade humana, independentemente do seu sentido ético, passa a ter direitos de cidade, regulados pela lei".
O patriarca emérito de Lisboa considerou que neste "positivismo", as leis não são tanto "propostas éticas" que ditem "caminhos de verdade e do bem", mas "regulação da realidade humana, seja ela qual for".
"Aborto clandestino era uma realidade preocupante? Legaliza-se a interrupção voluntária da gravidez, relativizando o sentido ético da interrupção violenta da vida", exemplificou D. José Policarpo.
"A homossexualidade é uma realidade, pessoas do mesmo sexo estabelecem relações amorosas que na antropologia cultural são próprias da relação do homem com a mulher? Estabelece-se a igualdade de género, sendo a opção homossexual tão verdadeira como a heterossexual, permite-se o casamento entre pessoas do mesmo sexo e está-se à beira de permitir adoção de crianças por esses pares de pessoas do mesmo sexo", prosseguiu.
D. José Policarpo sustentou que estes dois casos, protegidos por lei, estão em "total rutura com a visão do homem em sociedade, enraizada no direito natural e aprofundada na visão cristã da sociedade".
Para o patriarca emérito de Lisboa, na origem destas mudanças culturais está "o enfraquecimento do sentido de eternidade", com consequências na "perceção da realidade", cada vez mais caracterizada por uma "teoria segundo a qual só a verificação situa o homem perante o que é real".
"Isto levou a um 'positivismo' na análise da realidade, que pode tender para uma limitação desse horizonte da realidade", disse D. José Policarpo.
O cardeal Policarpo disse também que outra concretização do "positivismo na evolução da cultura" é a "redução ao económico, ao lucro, aos bens materiais das realidades que os homens buscam e pelas quais lutam".
"A felicidade do homem não passa só por aí, mas pela busca do amor, da beleza, da convivência fraterna. O economicismo, os mecanismos financeiros, a ânsia do lucro atrofiam o horizonte da beleza da vida na variedade das suas expressões", sublinhou.
A conferência de D. José Policarpo, sobre 'A evolução cultural e a evolução da sociedade portuguesa', encerrou as Jornadas Pastorais do Episcopado, que hoje terminaram em Fátima, onde esteve em análise o tema "A organização da sociedade à luz da doutrina social da Igreja".
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