Opositores do casamento gay voltaram à rua em Paris
A lei que permite o casamento aos casais do mesmo sexo foi aprovada em Abril no Parlamento e promulgada há uma semana pelo Conselho Constitucional francês, e a primeira cerimónia acontece já na quarta-feira, em Montpellier.
A contestação à lei, que surpreendera pela intensidade e violência, perdeu força, mas chegou para juntar muita gente este domingo em Paris: o protesto promovido pela coligação Manif Para Todos reuniu 150 mil, segundo a política, um milhão, de acordo com os organizadores; outra concentração, de católicos integristas, juntou 2800 pessoas.
"Mais de um milhão de pessoas voltaram a reclamar a retirada" da lei, "demonstrando assim que o movimento está para durar", felicitou-se o colectivo Manif para Todos. "Isto não terminou, acaba de começar", gritaram os manifestantes vestidos de cor-de-rosa e com faixas azuis.
O ministro do Interior, Manuel Valls, tinha-se dito "preocupado" com o risco de provocações por parte de grupos de extrema-direita e aconselhara as "famílias com crianças" a não participarem. O município da capital mobilizou 4500 polícias para acompanhar as quatro marchas — três da Manif Para Todos, uma do instituto Civitas, próximo dos católicos integristas.
Os protestos contra o casamento gay começaram como uma campanha de cidadãos apoiada pela Igreja Católica mas foram a primeira oportunidade para a direita se manifestar contra Hollande e evoluíram para um movimento mais alargado de contestação, integrando os partidos da oposição e muitos grupos radicais de direita.
A meio da tarde, uma dezena de jovens do pequeno grupo de extrema-direita Bloco Identitário subiu a um terraço da sede do Partido Socialista, exibindo brevemente uma faixa onde se lia "Hollande, demissão". "É a oportunidade para fazer deslocar o centro de gravidade da direita", disse antes do protesto o presidente deste grupo, Fabrice Robert.
Representados na manifestação estiveram a UMP, o maior partido da oposição de direita, e a Frente Nacional, maior formação de extrema-direita. "O próximo encontro deve ser nas urnas para as eleições municipais", disse o líder da UMP, Jean-François Copé, referindo-se às eleições do próximo ano, altura em que os conservadores esperaram recolher os frutos desta mobilização."Mais de um milhão de pessoas voltaram a reclamar a retirada" da lei, "demonstrando assim que o movimento está para durar", felicitou-se o colectivo Manif para Todos. "Isto não terminou, acaba de começar", gritaram os manifestantes vestidos de cor-de-rosa e com faixas azuis.
O ministro do Interior, Manuel Valls, tinha-se dito "preocupado" com o risco de provocações por parte de grupos de extrema-direita e aconselhara as "famílias com crianças" a não participarem. O município da capital mobilizou 4500 polícias para acompanhar as quatro marchas — três da Manif Para Todos, uma do instituto Civitas, próximo dos católicos integristas.
Os protestos contra o casamento gay começaram como uma campanha de cidadãos apoiada pela Igreja Católica mas foram a primeira oportunidade para a direita se manifestar contra Hollande e evoluíram para um movimento mais alargado de contestação, integrando os partidos da oposição e muitos grupos radicais de direita.
A meio da tarde, uma dezena de jovens do pequeno grupo de extrema-direita Bloco Identitário subiu a um terraço da sede do Partido Socialista, exibindo brevemente uma faixa onde se lia "Hollande, demissão". "É a oportunidade para fazer deslocar o centro de gravidade da direita", disse antes do protesto o presidente deste grupo, Fabrice Robert.
Quem decidiu não desfilar foi o rosto inicial deste movimento, a humorista Frigide Barjot, que justificou a ausência pelo "clima de violência". Contra o casamento, Barjot defendeu entretanto um contrato de união civil para substituir esta lei, o que lhe valeu ter recebido vários textos insultuosos e ameaças.
Mais de metade dos franceses concordam com a lei que o Presidente François Hollande tinha prometido antes de ser eleito, há um ano, e 70% acreditam que que os protestos já não fazem sentido.
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