Incertos, mas modernos
RR on-line 17-05-2013 19:52
A lei passou com 99 votos a favor e 94 contra, à votação faltaram 27 deputados, 17 dos quais do PSD.
Feitas as contas a realidade é esta: o Bloco de Esquerda tem um projecto claro de sociedade que não esconde querer impor ao país; uma parte cada vez maior do Partido Socialista partilha este projecto, mas quer colocá-lo no terreno com pequenos passos para não causar perturbações; todos os outros deixaram de ter convicções ou ideias e estão disponíveis a tudo, incluindo a faltar a uma votação tão importante para o nosso futuro, para não serem apontados como retrógrados.
Dir-se-á que a culpa é da qualidade dos políticos que temos, mas realmente a culpa é de todos os que, sabendo que estamos a trilhar um caminho errado, preferem não se envolver em discussões incómodas com medo das consequências e assim se vão perdendo as certezas e as convicções.
Com o silêncio e a conivência de muitos milhares estamos a destruir os pilares de uma sociedade que, com todos os defeitos e qualidades, tem cumprido o objectivo de formar homens e mulheres equilibrados e livres, por uma outra que inverte todas as regras para justificar as opções de vida de alguns.
Acho que os nossos filhos não nos agradecerão no futuro.
Raquel Abecasis
Acho que os nossos filhos não nos agradecerão no futuro.
A contabilidade da votação do projecto lei que abre a porta à co-adopção por casais homossexuais diz tudo sobre a ligeireza e falta de convicção com que passos como este são dados pelos nossos responsáveis políticos.A lei passou com 99 votos a favor e 94 contra, à votação faltaram 27 deputados, 17 dos quais do PSD.
Feitas as contas a realidade é esta: o Bloco de Esquerda tem um projecto claro de sociedade que não esconde querer impor ao país; uma parte cada vez maior do Partido Socialista partilha este projecto, mas quer colocá-lo no terreno com pequenos passos para não causar perturbações; todos os outros deixaram de ter convicções ou ideias e estão disponíveis a tudo, incluindo a faltar a uma votação tão importante para o nosso futuro, para não serem apontados como retrógrados.
Dir-se-á que a culpa é da qualidade dos políticos que temos, mas realmente a culpa é de todos os que, sabendo que estamos a trilhar um caminho errado, preferem não se envolver em discussões incómodas com medo das consequências e assim se vão perdendo as certezas e as convicções.
Com o silêncio e a conivência de muitos milhares estamos a destruir os pilares de uma sociedade que, com todos os defeitos e qualidades, tem cumprido o objectivo de formar homens e mulheres equilibrados e livres, por uma outra que inverte todas as regras para justificar as opções de vida de alguns.
Acho que os nossos filhos não nos agradecerão no futuro.
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