Era tão bom que todos os nossos problemas se resolvessem demitindo o Governo...
José Manuel Fernandes Público, 31/05/2013 A ideia de Sampaio de que a oposição "tem de encorpar" lembra o intervencionismo dos nossos monarcas liberais no tempo do "rotativismo" Uma boa parte dos portugueses parece ter uma irresistível atracção por soluções mágicas. Sobretudo quando os problemas se revelam muito difíceis de resolver. A mais recente dessas ilusões é a de que bastaria demitir o Governo, dissolver a Assembleia e convocar eleições para boa parte das nossas dores de cabeça desaparecerem. O Inferno actual seria substituído por uma espécie de Paraíso onde um delicodoce Seguro apascentaria um país de repente capaz de refazer consensos e, claro, de viver sem austeridade. Nada nesta visão idílica resiste a cinco minutos de análise fria. Pior: tudo, ou quase tudo, nesta proposta deriva de uma visão autoritária da democracia e da ideia de que há, em Portugal, uns que são donos do regime e outros os seus eternos enjeitados. Dois dos principais advogados de