Homem e mulher; igualdade e diferença

Nestes últimos anos apareceram novas tendências na abordagem do tema da mulher.

Há quem sublinhe fortemente a condição de subordinação da mulher, procurando criar uma atitude de contestação. A mulher, para ser ela mesma, apresenta-se como antagónica do homem. Aos abusos de poder, responde com uma estratégia de busca do poder.

Um tal processo leva a uma rivalidade entre os sexos, onde a identidade e o papel de um são assumidos em prejuízo do outro.

Esta "confusão antropológica" tem um impacto mais imediato e nefasto na estrutura da família.

Há também quem, para evitar qualquer supremacia de um ou de outro sexo, tenda a eliminar as suas diferenças, considerando-as simples efeitos de um condicionamento histórico-cultural.

Assim, a diferença corpórea, chamada sexo, é minimizada, ao passo que a dimensão estritamente cultural, chamada género, é sublinhada ao máximo e considerada primária.

A desnitidez da dualidade dos sexos tem muitas consequências.

Parecendo favorecer uma perspectiva igualitárias para a mulher, libertando-a de todo o determinismo biológico, acaba de facto por inspirar ideologias que promovem, por exemplo, o questionamento da família, por sua índole natural bi-parental, ou seja, composta de pai e de mãe, a equiparação da homossexualidade à heterossexualidade, um novo modelo de sexualidade polimórfica.



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